Agência Panafricana de Notícias

Presidente eleito toma posse na Tunísia

Túnis, Tunísia (PANA) – O Presidente tunisino eleito, Kais Saied, presta juramento esta quarta-feira diante do Parlamento reunido em sessão plenária, soube-se de fonte oficial.

Ele deve dirigir-se aos seus compatriotas durante esta sessão assistida, além dos membros da Assembleia dos Representantes do Povo (Parlamento), pelos antigos Presidentes, exeto Moncef Marzouki, que se desculpou por se encontrar no exterior do país.

Devem igualmente estar presentes os antigos primeiros-ministros e o atual chefe do Governo, bem como membros do Governo, representantes de organizações e instâncias nacionais, personalidades e membros do corpo diplomático acreditado, na Tunísia.

Professor universitário reformado, Kais Saied venceu as eleições presidenciais antecipadas com uma maioria absoluta de 72, 71 por cento dos votos, durante a segunda volta organizada  a 13 de outubro último, diante do candidado do partido Qalb Tounós, o empresário Nabil Karoui, que registou  27,29 por cento dos votos.

Saied vai ocupar as funções de Presidente da República, substituindo Mohamed Ennaceur, que assegurou cargo interino após a morte de Béji Caid Essebsi, desde 25 de julho último.

Kais Saied é o quarto Presidente da Tunísia depois da insurreição popular de 2011 (segundo da segunda República) e sétimo Presidente do país desde a instauração do regime republicano, a 25 de julho de 1957.

Foi antecedido por Habib Bourguiba, Zine El Abidine Ben Ali, Fouad Mebazaa, Moncef Marzouki, Béji Caïd Essebsi e Mohamed Bennaceur.

A Amnistia Internacional, organização de defesa dos direitos humanos, apelou ao Presidente eleito para “reforçar a proteção dos direitos humanos e pôr termo às violações destes direitos em nome da segurança e a utilização abusiva do Estado de emergência”.

Num comunicado divulgado terça-feira, a organização convida o Presidente Kais Saied “a acelerar o processo da justiça transicional, divulgando o relatório da Instância da Verdade e Dignidade (IVD) no jornal oficial, e exortou o próximo Governo a adotar um plano claro para executar as recomendações da Instância, que submeteu aos serviços jurídicos competentes 173 casos ligados a violações flagrantes dos direitos humanos.

-0- PANA YY/IN/JSG/MAR/IZ 23out2019