Presidente da UA considera "crucial" conferência de Sevilha
Luanda, Angola PANA – O Presidente angolano, João Lourenço, considerou a 4.ª Conferência Internacional para o Desenvolvimento "uma oportunidade crucial para debatermos as fórmulas para ajudar de facto os países em via de desenvolvimento a ultrapassarem as limitações e os condicionalismos que enfrentam para impulsionar o progresso e o desenvolvimento.
O estadista angolano fez esta declaração, segunda.feira última, em Sevilha (Espanha), por ocasião da 4.ª Conferência Internacional para o Desenvolvimento.
“Quando foi decidida a realização desta Conferência, nada fazia prever que o mundo estivesse a viver momentos tão convulsivos como os atuais, carregados de incertezas e de ameaças que podem frustrar as nossas previsões a respeito do desenvolvimento em que estamos todos empenhados, por se tratar de uma questão fulcral para o presente e o futuro da Humanidade”, exclamou-se.
Perante este quadro tão preocupante, prosseguiu, reassume um papel central, nestas nossas discussões, a questão da paz e da segurança mundial, “sem as quais não conseguiremos dar nenhum passo em direção aos nossos objetivos fundamentais”, plasmados na Agenda 2030 das Nações Unidas e na Agenda 2063 da União Africana.
A seu ver, esta constatação deve “levar-nos a admitir que só numa base de conciliação de interesses e do diálogo, estaremos capazes de construir um grande entendimento à escala global que, do nosso ponto de vista, é um imperativo dos nossos tempos, para não nos encaminharmos para uma hecatombe em que todos sairíamos a perder.”
Lamentou quem depois do fim da Guerra Fria, quando o mundo devia dirigir toda a sua atenção ao desenvolvimento económico e social das nações, se volte a assistir à “corrida armamentista de triste memória do século passado”, desviando avultados recursos financeiros e científicos que deviam estar ao serviço da educação, do ensino, da formação dos jovens, do saber e da investigação científica, virada para a nobre causa do desenvolvimento e do bem-estar dos povos de todo o mundo.
“Esta é a nossa sensibilidade, como dirigentes africanos seriamente preocupados com o rumo que o mundo está a seguir e que requer de todos nós uma postura de responsabilidade na abordagem e na busca de soluções para esta assustadora crise que o nosso planeta atravessa actualmente”, deu a conhecer.
-0- PANA JA/DD 1julho2025