Agência Panafricana de Notícias

Presidente cabo-verdiano participa na 55.ª cimeira do CILSS

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, participa esta segunda-feira por videoconferência na 55.ª cimeira dos chefes de Estado e de Governo do Comité Interestadual Permanente para Controlo da Seca no Sahel (CILSS), apurou a PANA de fonte oficial.

Este evento, que se realiza em simultâneo com a 55.ª sessão ordinária do Conselho de Ministro do CILSS,  inicialmente agendado para 09 do corrente, mas teve de ser adiado devido ao contexto particular da pandemia da covid-19 (coronavírus).

O encontro vai debater sobre o processo de reforma do organização, integrada atualemnte por 13 países, de acordo com a fonte.

A conferência vai decorrer sob a presidência do ministro burkinabe da Agricultura e Desenvolvimento Hidroagrícola de Burkina Faso, Salifou Ouedraogo, que é, igualmente, ministro coordenador do CILSS.

O trabalho em plenário será marcado pela apresentação do relatório do secretário executivo do CILSS (2013-2020), do relatório da 27.ª sessão do Comité Regional de Programação e Monitoramento (CRPS) e do relatório final do processo de reforma do CILSS, um tema que pode vir a ser objeto de um amplo debate.

A cerimónia de abertura da 55.ª sessão ordinária do Conselho de Ministros será marcada por uma mensagem de boas-vindas do secretário executivo da CILSS, Djimé Adoum, e pelos discursos de Abdrahamane Dicko, representante de Carell Laurent, vice-diretora da missão regional da USAID (Agência Internacional dos Estados Unidos para o Desenvolvimento) na África Ocidental, e do representante de parceiros técnicos e financeiros do CILSS.

A delegação cabo-verdiana que participa nos trabalhos integra também o ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Luís Filipe Tavares, entre outras personalidades nacionais.

O CILSS, criado a 12 de setembro de 1973, integrava inicialmente nove Estados-membros, designadamente Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Guiné-Bissau, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal e Tchad.

A partir de 2010, passou a contar com outros Estados da região oeste-africana, como Benin, Cote d’Ivoire, Guiné Conakry e Togo.

Criado em virtude das grandes secas que atingiram o Sahel na década dos anos 1970, o CILSS tem como objetivo central promover a segurança alimentar e lutar contra os efeitos adversos da seca e a desertificação, promovendo o equilíbrio ecológico no Sahel, uma região em que a insegurança alimentar é considerada crónica.

Trata-se de uma zona constantemente confrontada com oscilações de produção, causadas tanto pelas fragilidades intrínsecas do Sahel e da África Ocidental, quanto pelas mudanças climáticas e por transformações ligadas ao crescimento demográfico, à urbanização e à fragilização dos meios naturais.

Deste modo, a segurança alimentar é, desde os anos de 1970, uma questão estratégica para os países da região, refere-se.

-0- PANA CS/DD 20julho2020