Agência Panafricana de Notícias

Presidente cabo-verdiano considerado um dos mais mal pagos em África

Praia, Cabo Verde (PANA) – O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, é um dos líderes com salário mais baixo em África, auferindo um vencimento anual de cerca de 20 mil dólares americanos, noticiou a imprensa local consultada pela PANA.

Segundo um estudo publicado pela revista Africa Review e citado pelo jornal queniano Daily Nation, apenas os Presidentes da Tunísia (16.400 dólares americanos/ano), do Senegal (14.941), do Uganda (13.000) e da Serra Leoa (12.000) auferem salários inferiores ao chefe do Estado cabo-verdiano.

A notícia, retomada esta terça-feira pela edição online do jornal cabo-verdiano "Expresso das ilhas”, acrescenta que com o salário anual de 20.016 dólares americanos, o Presidente Jorge Carlos Fonseca tem um rendimento 3,2 vezes superior ao cidadão comum cabo-verdiano, tendo em conta o cálculo feito entre seu o vencimento e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do arquipélago.

A lista dos chefes de Estados africanos mais bem pagos é liderada pelo Presidente dos Camarões, Paul Bya (610 mil dólares americanos/ano), seguido pelo rei Mohamed IV de Marrocos (480 mil) e pelo Presidente da África do Sul, Jacob Zuma (272 mil).

Segundo o estudo, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, aufere um salário de 81.075 dólares anuais, enquanto o seu homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, recebe 47 mil.

Os Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, e da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, não figuram no ranking, enquanto em relação ao Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, o estudo aponta que “não foi possível estabelecer qual o seu verdadeiro salário”.

O estudo citado pela imprensa aponta que “nem todos os Presidentes africanos são brutos sequiosos de poder” e indica o caso de Jorge Carlos Fonseca que “vetou uma lei (Estatuto dos Titulares de Cargos Políticos) que previa aumento do vencimento do chefe de Estado na ordem de 64 porcento, o que implicava também aumento na mesma proporção dos salários dos restantes titulares de cargos políticos e magistrados, cujos vencimentos estão indexados ao do Presidente da República".

-0- PANA CS/TON 28julho2015