Agência Panafricana de Notícias

Presidente angolano defende incremento das relações com Moçambique

Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, defendeu segunda-feira a necessidade de Angola e Moçambique incrementarem as suas relações, em especial no domínio empresarial, envolvendo os setores público e privado.

O Presidente Dos Santos falava na abertura duma reunião ministerial Angola/Moçambique, em Luanda, no quadro da visita de Estado do seu homólogo moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, ao país no âmbito do reforço das relações de amizade e cooperação.

"São múltiplos os setores onde temos desenvolvido já uma cooperação bilateral que pode ser incrementada com esforços conjuntos", ressaltou o Presidente José Eduardo dos Santos, desejando "que esses esforços incidam sobretudo na agricultura, nas pescas, na hotelaria, na balança e finanças, na geologia e minas, no comércio, na segurança e ordem pública".

"Desejamos também promover a troca de experiências em áreas em que cada um de nós já obteve bons resultados, tais como a educação, o combate à fome e à pobreza e a exploração do petróleo e gás", defendeu.

José Eduardo dos Santos manifestou a satisfação do Governo angolano pelos resultados das ações desenvolvidas no âmbito do protocolo de cooperação entre o Ministério angolano da Administração do Território e o Ministério moçambicano da Administração Estatal.

Seria desejável, adiantou o chefe de Estado angolano, "estender esta experiência à cooperação nos domínios do emprego e formação profissional, que se revestem de crucial importância para a atual fase de diversificação económica e de promoção das pequenas e médias empresas, para o aumento da produção de bens e serviços nos dois países".

Acrescentou ainda que, como país amigo de longa data, "Angola continuará a ser um parceiro de cooperação de confiança e estará disponível para empreender iniciativas conjuntas que permitam identificar e realizar projetos viáveis em benefício dos dois países".

"Estando na mesma região, a África Austral, temos um destino comum" , referiu o estadista angolano , afirmando ser, por essa razão, "um imperativo partilharmos reflexões para a adoção futura de políticas comuns que respondam às expetativas e anseios dos respetivos povos".

Salientou que as instituições de ambos os países estão abertas a esse diálogo a todos os níveis, e cientes estamos de que da discussão nascerá a luz que guiará os caminhos dos dois Estados na busca de soluções para os desafios com que nos vamos deparar no processo de consolidação da paz, estabilidade, segurança, de desenvolvimento e de construção da prosperidade.

"Estamos certos de que esta visita dará um novo impulso à concretização mais rápida dos instrumentos de cooperação existentes e à conclusão dos projetos dos Acordos de Cooperação que ainda estão em estudo", pontualizou.

-0- PANA ANGOP/DD 10nov2015