Agência Panafricana de Notícias

Presidente angolano considera democracia cabo-verdiana exemplar

Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, enalteceu quinta-feira os avanços feitos por Cabo Verde no seu percurso até se transformar hoje "num país estável, com um processo democrático exemplar".

Eduardo dos Santos falava por ocasião da visita oficial de 48 horas a Angola do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, chegado a Luanda quarta-feira à tarde.

"Angola sempre teve em alta consideração a forma como Cabo Verde superou com êxito o estatuto de país inviável que lhe atribuíam, transformando-se num país estável, com um processo democrático exemplar e um bom desempenho da sua economia", afirmou.

No entender do Presidente angolano, são progressos que foram alcançados graças "em especial" à ação desenvolvida pelo primeiro-ministro José Maria Neves, "desde que assumiu o poder em 2001".

Neste contexto, sublinhou, Angola está disponível, na medida das suas possibilidades, para contribuir para o desenvolvimento de Cabo Verde através de investimentos diretos e do estabelecimento de parcerias entre empresários angolanos e cabo-verdianos.

Dos Santos reconheceu que Cabo Verde representa uma plataforma estratégica entre África, Europa e América; entre o Atlântico Norte e o Atlântico Sul, e que pode, por essa razão, facilitar a mobilidade e a permuta de negócios e serviços entre esses três continentes.

"(Cabo Verde) tem igualmente uma posição privilegiada para participar nos esforços para garantir a segurança da navegação pela costa ocidental de África", acrescentou.

O Presidente angolano explicou que essas são "razões adicionais para que seja do nosso maior interesse aprofundar as nossas relações e espero que esta sua visita seja mais um fator de redinamização de todos os acordos já assinados e também de definição de uma cada vez mais ampla cooperação, no interesse superior dos nossos dois povos irmãos".

Ele lembrou, a este propósito, que nas horas mais difíceis da história, os dois países souberam sempre partilhar sacrifícios e expressar de forma inequívoca a sua solidariedade um ao outro, "cientes de que os nossos destinos se encontram ligados e de que a felicidade e o bem-estar dos nossos povos são também indissociáveis".

"Hoje, quando ambos os países vivem uma situação de paz, estabilidade social e desenvolvimento económico, devemos ser consequentes e dar maior consistência aos laços privilegiados que nos unem, reforçando a nossa cooperação em todos os níveis, com vantagens recíprocas", realçou.

-0- PANA IZ 06junho2014