Agência Panafricana de Notícias

Presidenciais e legislativas na República Centroafricana

Bangui, República Centroafricana (PANA) - O voto para as presidenciais e legislativas na República Centroafricana (RCA) arrancou quarta-feira para pôr termo a um período de transição de dois anos marcados por combates sangrentos entre milícias cristãs e muçulmanas que fizerem milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados.

As presidenciais e as legislativas, previstas para domingo último neste país abalado pela guerra, foram adiadas para 30 de dezembro de 2015 corrente, relatou a Missão de Manutenção da Paz das Nações Unidas na RCA.

A nova data foi anunciada quinta-feira última pelas autoridades eleitorais nacionais que declararam que erra necessário mais de tempo para se resolver problemas logísticos e se completar a formação dos agentes eleitorais.

Há cerca de 30 candidatos às presidenciais e 105 elementos para a assembleia legislativa.

Depois das eleições, a Presidente da República interina, Catherine Samba Panza, vai entregar o poder ao vencedor das eleições presidenciais.

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, declarou que tendo em conta a insegurança muito delicada em curso no país, "é importante que as eleições decorram da melhor maneira possível".

As eleições, que se seguem ao referendo constitucional ocorrido há algumas semanas, visam estabilizar este país pobre sacudido por dois anos de combates entre grupos anti-Balaka, principalmente cristãos, e Seleka, maioritariamente muçulmanos.

Neste preciso momento, a Missão de Paz das Nações Unidas na RCA (MINUSCA) revelou que o processo de desarmamento, de desmobilização e de reinserção no país continua.

A procuradora do Tribunal Penal Internacional (TPI), a Gambiana Fatou Bensuda, advertiu que o seu gabinete ia registar qualquer caso de violência e que qualquer pessoa que cometesse crimes atrozes seria responsabilizada.

-0- PANA MA/MTA/IS/MAR/DD 31dez2015