Agência Panafricana de Notícias

Portugal disponibiliza 1,5 milhões de euros para mudanças climáticas em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Portugal disponibilizará um milhão e meio de euros para São Tomé e Príncipe no âmbito do fundo do ambiente destinado a mitigar os efeitos das mudanças climáticas, declarou em São Tomé o ministro português do Ambiente,
João Pedro Matos Fernandes.

Em declarações à imprensa no quadro da sua visita oficial ao arquipélago santomense, Fernandes garantiu que o fundo ambiente está disponível desde 1 de janeiro corrente e que Portugal tem disponíveis 10 milhões de euros para ajudar os países membros da comunidade dos 8 que estejam interessados em combater os efeitos das mudanças climáticas.

“Em relação a questões das mudanças climáticas, não as podemos deixar para segunda geração”, afirmou o governante português, garantindo, por outro lado, que, para São Tomé e Príncipe, Portugal tem um orçamento indicativo no valor de um milhão e, meio de euros para combater os efeitos deste flagelo.

A garantia do financiamento surge no quadro de um projeto de bioenergia executado por uma Organização Não Governamental (ONG) portuguesa, Eco Visão, com o fundo português do ambiente.

A seu ver, isto permitiu a cerca de 14 famílias, três comunidades agrícolas de São Tome, Mendes da Silva Novo Destino, confecionar seus alimentos através de gás.

Acabar com o problema de saneamento do meio ambiente, reduzir a pressão humana no parque natural Obô São Tomé e o enriquecer o solo para agricultura são os objetivos deste empreendimento, disse.

Por sua vez, Carlos Vila Nova, ministro santomense das Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente, congratulou-se com os resultados deste projeto piloto que, no seu entender, tem razões suficientes para ser implementado noutras comunidades agrícolas de São Tomé.

A ambientalista portuguesa Debora Carneiro, coordenadora do projeto Bioenergia da Eco Visão, disse que por dia são produzidos sete metros cúbicos de gás sendo que, frisou, cada família tem direito a um metro cubico.

Explicou ainda que os resíduos orgânicos sofrem um processo biológicos e que a outra fração gasosa utilizadas na cozinha tem interesse na produção das suas culturas alimentares, pois, acrescentou, tem propriedades equiparadas a fertilizantes.

-0- PANA RMG/DD 17janeiro2017