Agência Panafricana de Notícias

População angolana ultrapassa 24 milhões de habitantes

Luanda, Angola (PANA) - Angola tem atualmente cerca de 24 milhões e 300 mil habitantes, dos quais 52 porcento do sexo feminino, anunciou quarta-feira o Presidente José Eduardo dos Santos, citando os resultados preliminares do primeiro Recenseamento Geral da População e Habitação, realizado em maio último.

Eduardo dos Santos falava na abertura do ano parlamentar em Angola numa mensagem à Nação em obediência à Constituição do país para apresentar o estado da Nação.

Ele considerou a realização do Censo "uma grandiosa e complexa tarefa bem sucedida, de que todos os Angolanos devem orgulhar-se".

Segundo os mesmos resultados, a província de Luanda, a capital, concentra 26,7 porcento da população do país, ou seis milhões e meio de habitantes, seguindo-se as da Huíla (10 porcento), Benguela e Huambo (oito porcento cada) e Cuanza Sul (sete porcento), todas na parte centro e sul do país.

Seguem-se ainda as do Bié (centro) e do Uíge (norte), com seis porcento cada, totalizando as sete províncias 72 porcento do total da população num país formado por 18 províncias.

A província do Bengo (norte) registou o menor número de residentes, com um porcento da população, seguida de outras cinco províncias com população inferior a três porcento do total nacional, designadamente Cuanza Norte, Zaire (norte), Namibe, Cuando Cubango (sul) e Lunda Sul (leste), num total de seis províncias com apenas 11 porcento do total de residentes no país.

“Há muito que ansiávamos por estes resultados. Temos, finalmente, uma boa base para formular a Política Nacional de População e a Política Nacional de Ordenamento e Desenvolvimento do Território, que são essenciais para estudarmos as vias que nos permitam alcançar os objectivos do Plano Nacional de Desenvolvimento”, disse o estadista angolano.

No seu entender, a enorme concentração da população na capital do país tornou indispensável adotar um novo modelo de desconcentração administrativa e administração local diferenciado do das demais províncias para fazer face aos seus crescentes problemas de ordenamento, saneamento, mobilidade urbana, ordem pública, combate à criminalidade e à imigração ilegal.

-0- PANA IZ 15out2014