Agência Panafricana de Notícias

Polícia sul-africana rejeita acusações de massacre de 18 mineiros

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - A Polícia de Marikana, no sudoeste da África do Sul, reagiu à onda de condenações de que é objeto desde o massacre de pelo menos 18 mineiros de Lonmin quinta-feira, declarando ter feito o seu melhor para tentar evitar uma situação explosiva.

O ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, pretende agora pedir ao Presidente (Jacob Zuma)para abrir um inquérito sobre a situação, "não só sobre o que ocorreu hoje mas globalmente", indicou o seu porta-voz, Zweli Mnisi.

Ele interrogou-se sobre o que as autoridades deviam fazer face a criminosos armados que matavam polícias.

A Polícia tentou dispersar os trabalhadores armados que se reuniram diante da mina, num sítio onde manifestações violentas já fizeram dez mortos na semana precedente.

Mnisi explicou que a Polícia tentou primeiro dispersar paficicamente os manifestantes, e acabou por utilizar canhões de água e granadas lacrimogéneas, mas em vão.

A reação da Polícia, que disparou balas reais contra os mineiros, matando pelo menos 18 pessoas, foi filmada.

O Presidente Zuma, que chegou a Maputo para a Cimeira da SADC deste fim de semana em Moçambique, declarou-se chocado e entristecido por estas perdas em vidas humanas.

Ele convidou todas as partes interessadas a manter a calma.

Por outro lado, a direção de Lonmin anunciou que acompanhava este assunto com a muita atenção, segundo o seu presidente e diretor-geral, Roger Phillimore.

"A Polícia sul-africana está encarregue da manutenção da ordem pública e da segurança no terreno desde que eclodiram confrontos entre sindicatos rivais durante o fim de semana, declarou Phillimore, deplorando a perda de vidas humana num ato que "constitui claramente uma perturbação da ordem pública antes que um conflito sindical".

-0- PANA CU/SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 17agosto2012