Agência Panafricana de Notícias

Petroleiros gaboneses denunciam privilégios concedidos aos trabalhadores estrangeiros

Libreville, Gabão (PANA) - A Organização Nacional dos Empregados de Petróleo (ONEP) do Gabão desencadeou sábado uma greve amplamente seguida, depois do fracasso de negociações entre o Governo gabonês e o secretário-geral da ONEP, Hans Ivala.

A ONEP exige uma lei permanente que permita limitar o emprego maciço dos estrangeiros no setor do petróleo e reclama contra a precariedade da mão-de-obra local a favor dos expatriados.

A observação da greve resultou, na capital Libreville, na escassez de combustível que provocou longas filas de espera dos automobilistas nas estações de serviço, sexta-feira, em Port-Gentil, a capital petrolífera, e em Libreville.

O gerente da estação de serviço de Likouala, Robert Adjovi, disse que "os reservatórios da estação estavam vazios nas 24 horas que antecederam a greve, enquanto que em tempos normais, o stock é garantido por 72 horas".

O petróleo garante cerca de 60 porcento do oraçamento do Estado gabonês, que produz entre 220 mil e 240 mil barris de petróleo por dia.

Segundo especialistas da indústria petrolífera, o Gabão pode perder vários biliões de francos CFA se a greve continuar por mais de 5 dias.

O Presidente Ali Bongo Ondimba solicitou sábado que o Governo inicie uma auditoria no setor petrolífero, "para identificar os fluxos financeiros provenientes da indústria do petróleo e para fortalecer a governação em termos de rastreabilidade dos recursos humanos e equipamentos".

-0- PANA LAW/SSB/CCF/IZ 03bril2011