Agência Panafricana de Notícias

Penúria de sangue em hospital de manifestantes antigolpistas feridos no Burkina Faso

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Os médicos burkinabes declararam sábado a falta de sangue no hospital Yalgado Ouédraogo, o principal centro médico do país, para tratar os feridos ocasionados pelos disparos do Regimento de Segurança Presidencial (RSP) que fizeram uma dezena de mortos.

"Urge que a população vá dar sangue para salvar os feridos", exortou sábado o Sindicato dos Médicos, indignado com a "hecatombe que vivemos".

Os médicos deploraram igualmente o facto de que os militares dispararam contra as ambulâncias e os bombeiros.

O Sindicato dos Médicos revelou que o pessoal paramédico e estudantes estão organizados nos bancos de urgência dos centros de saúde para tratar os feridos e fazer face a quaisquer emergências médicas, ginecológicas, pediátricas e cirúrgicas, assistindo os pacientes em perigo no limite da sua responsabilidades.

Para os medicos, é imperioso evitar as perdas de vidas inocentes, porque a resistência deve fazer-se com todo o povo.

Numa declaração, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas do Burkina Faso, general de brigada Pingrenoma Zagré, que, desde o início do golpe de força não se fez ouvir, condenou estas exações cometidas pela junta conduzida pelo general Gilbert Diendéré, homem de confiança do antigo Presidente Blaise Compaoré.

-0- PANA NDT/I/SOC/MAR/IZ 20set2015