Agência Panafricana de Notícias

Partido no poder preocupado com perspetiva de eleições em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe-Partido Social Democrata (MLSTP-PSD, no poder) voltou a dar sinais de preocupação face aos seus resultados nas eleições legislativas e autárquicas de julho próximo, constatou a PANA no local.

Esta preocupação se nota numa altura em que várias forças políticas denunciam a governação do MLSTP-PSD e aguardam ansiosamente pelo anúncio oficial da data dos escrutínios pelo Presidente santomense, Manuel Pinto da Costa.

À lista de projetos sociais que o MLSTP-PSD apresentou à Assembleia Nacional, o seu presidente, Jorge Amado, acrescentou algumas novidades, como o lançamento da primeira pedra para a construção do porto de águas profundas, o alargamento da cidade de São Tomé bem como o entulhamento de buracos nas ruas.

Falando durante a oitava seção parlamentar da nona legislatura, Jorge Amado exigiu igualmente do atual Governo de Gabriel Costa o recrutamento urgente de médicos especialistas nas áreas da cirurgia e da oftalmologia.

Para o presidente do MLSTP/PSD, essas obras sociais devem ser executadas antes de se ir para as urnas, mesmo reconhecendo que o tempo já é curto.

“Apesar de nos encontramos a escassos meses das eleições legislativas e autárquicas, julgo que o Governo ainda vai ter o tempo de iniciar as transformações estruturais necessárias a um desenvolvimento sustentável”, ressaltou.

Jorge Amado alertou por outro lado que “São Tomé e Príncipe está a viver momentos de grande intensidade e sensibilidade políticas

As declarações do líder do partido histórico de São Tomé e Príncipe foram feitas na oitava seção parlamentar da nona legislatura que marca o início da avaliação da oitava seção.

A Ação Democrática Independente (ADI, o maior partido da oposição) considera desastrosos os 16 meses de governação do primeiro-ministro Gabriel Costa.

O secretário-geral da ADI, Levy Nazaré, afirmou que o partido no poder fez cair o Governo de Patrice Trovoada (de fevereiro a junho de 2008), por este último não ter incluído nos programas grandes projetos.

Segundo ele, o atual chefe de Governo também não o fez.

“Já entramos no segundo trimestre, nenhuma luz ao fundo do túnel, pelo contrário o saque continua desenfreadamente, principalmente agora em que resta muito pouco tempo de vida a esse Governo”, denunciou.

Concluindo, o político disse que o povo aguarda pelo anúncio da data da ida para as urnas a fim de exercer o seu direito de voto.

-0- PANA RMG/DD 24abril2014