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Parlamento designa Fathi Bachagha como primeiro-ministro de novo Governo na Líbia

Trípoli, Líbia (PANA) - A Câmara dos Representantes da Líbia (Parlamento) votou por unanimidade a escolha de Fathi Bachagha como primeiro-ministro do novo Governo, anunciou o porta-voz oficial da referida instituição, Abdallah Blihak, soube a PANA de fonte oficial.

Porém, esta escolha divide o país oficialmente numa altura em que surgem disputas entre deputados sobre a legalidade dos procedimentos adotados.

Numa breve declaração, Blihak disse que  "O Conselho votou para ccredibilizar Fathi Bachagha como primeiro-ministro, com o consentimento unânime dos participantes.

Ex-ministro do Interior do Governo do Acordo Nacional, Fathi Bachgha é um político influente vindo da poderosa cidade de Misrata, a 220 quilómetros a leste de Trípoli, com um peso político significativo no país.

No início do dia, o presidente do Parlamento, Aguila Saleh, anunciou ter recebido uma carta de patrocínio do Alto Conselho de Estado que sustenta a candidatura de Fathi Bachagha para liderar o novo Governo.

Saleh acrescentou, durante a sessão de quinta-feira, ter sido informado que (o candidato) Khaled Al-Bibas deixará o cargo, pedindo no entanto aos deputados para esperarem que este último venha à plenária para o arunciar.

O primeiro-ministro líbio do Governo de Unidade Nacional, Abdelhamid Al-Dbaiba, anunciou terça-feira à noite, não reconhecer as divisões do Parlamento nem a sua rejeição do estabelecimento de uma nova transição muito menos um governo paralelo.

Esta situação é suscetível de mergulhar o país numa nova fase de divisão com um Estado bicéfalo e dois governos como o estabelecido antes do acordo político de Túnis (Tunísia) e Genebra (Suíça).

A Câmara dos Representantes da Líbia aprovou, com maioria absoluta de 126 deputados sobre 147, a inclusão de uma emenda à Declaração Constitucional, o texto legal que organiza o poder na Líbia, em prelúdio à abertura de um consenso com o Alto Conselho da Líbia Estado para rever um projeto de Constituição conducente a eleições num prazo não superior a 14 meses.

Mas 15 deputados anunciaram, num comunicado, contestar os procedimentos adotados durante a plenária de quinta-feira última na votação que ratifica a emenda à Declaração Constitucional, considerando-os contrários à regulamentação em vigor.

-0- PANA BY/IS/MAR/DD 10fevereiro2022