Agência Panafricana de Notícias

Paludismo afecta mais de 2 milhões de pessoas por ano no Burundi

Bujumbura- Burundi (PANA) -- Cerca de dois milhões e 500 mil casos de paludismo foram registados no Burundi onde a doença estaria na origem de quase 50 por cento dos motivos de consultas médicas, declarou quarta-feira o ministro burundês da Saúde Pública, Emmanuel Gikoro.
Segundo o governante, que falava por ocasião do Dia Nacional de Luta contra a Malária, o paludismo mata mais pessoas entre as crianças menores de cinco anos de idade e as mulheres grávidas.
As estimativas do Ministério burundês da Saúde Pública indicam que 48 por cento das mortes de crianças menores de cinco anos de idade são imputáveis ao paludismo.
O paludismo grave é responsável por uma mortalidade ainda mais pesada de 58 por cento dos casos para as mulheres grávidas, segundo ainda Gikoro.
Além disso, várias consequências nefastas estão associadas ao paludismo para as mulheres grávidas e os petizes, prosseguiu.
Assim, a anemia é associada ao paludismo em 77 por cento dos casos para as crianças ao mesmo tempo que é responsável por 73 por cento das anemias maternas, afirmou ainda o ministro.
A doença é igualmente responsável pelo fraco peso ao nascimento em 26 por cento dos casos, segundo a mesma fonte.
"Apesar dos danos do paludismo no nosso país, temos felizmente medicamentos eficazes contra a doença", declarou o ministro da Saúde Pública, lembrando que o seu país foi pioneiro na sub-região dos Grandes Lagos na aplicação do protocolo de tratamento pela combinação terapêutica com base em artemisinine.
Em termos de prevenção, prometeu, o Estado burundês procederá, nos próximos meses, a uma distribuição maciça de mosquiteiros impregnados às populações, prometeu.
Estas acções tornaram-se possíveis graças a um eforço particular de financiamento no orçamento do Governo burundês para 2009 e por uma doação de 34 milhões de dólares americanos do Fundo Global de Luta contra o HIV/SIDA, Malária e Tuberculose e que será aplicada nos próximos cinco anos, indicou o ministro.
"Esperamos assim diminuir para 50 por cento os casos de paludismo até 2010 e 80 por cento até 2012", concluiu.