Agência Panafricana de Notícias

Países africanos lusófonos em seminário sobre VIH/Sida em Cabo Verde

Praia- Cabo Verde (PANA) -- Representantes de Angola, de Cabo Verde, da Guiné- Bissau, de Moçambique e de São Tomé e Príncipe reúnem-se de 22 a 25 de Março na Praia num seminário sobre o planeamento e a implementação de acções sobre VIH/Sida pelo sector da Educação nos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), soube a PANA domingo na capital cabo-verdiana de fonte oficial.
O seminário, organizado pelo Escritório Regional da UNESCO para a Educação em África (BREDA) e pelo Escritório da UNESCO em Brasília, foi concebido para promover o intercâmbio de experiências no domínio do VIH/SIDA entre o Brasil e os PALOP, visando o reforço das respostas nacionais contra a pandemia.
Ele será ministrado por especialistas e técnicos do Governo Brasileiro e da UNESCO/Brasília, visto que o Brasil é reconhecido internacionalmente como um país que tem desenvolvido as mais eficazes respostas ao VIH e tem dado exemplos de forte articulação entre os sectores da educação e da saúde na prevenção da pandemia e na promoção da saúde.
Segundo fonte da organização, a epidemia de VIH/Sida constitui ainda uma ameaça ao alcance dos resultados da Educação para Todos, particularmente na África Subsaariana.
Neste sentido, a UNESCO trabalha com Governos e parceiros das Nações Unidas para apoiar o desenvolvimento das respostas apropriadas pelo sector da educação, com ênfases na promoção dos intercâmbios Sul-Sul.
Este seminário tem lugar uma semana depois de os Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) terem concluído, na sequência do seu III Congresso sobre VIH/Sida em Lisboa, que a epidemia e outras doenças sexualmente transmissíveis continuam a constituir "um dos principais problemas de saúde pública" nos países da organização.
A Carta de Lisboa, aprovada pelos Estados membros no final dos trabalhos, lembra que os países do bloco lusófono "possuem um manancial de experiência no combate à epidemia, que importa reforçar e partilhar", e realça a importância da participação da sociedade civil e das pessoas infectadas na resposta ao VIH/Sida.