Agência Panafricana de Notícias

PAM advoga repatriamento urgente de refugiados da RDC instalados no norte do Congo

Brazzaville, Congo (PANA) - O representante do Programa Alimentar Mundial (PAM) no Congo, Alix Loriston, apelou ao repatriamento com urgência dos cicadãos da República Democrática do Congo (RDC) refugiados no norte da República do Congo, na região de Likouala, indica segunda-feira um comunicado desta instituição onusina a que a PANA teve acesso.

Loriston, que lançava este apelo, no termo de uma missão efetuaada na região para se inquerir da situação destes refugiados, pediu aos Governos dos dois Congos e ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), todos os três signatários de um acordo tripartido sobre esta matéria, para criarem uma estratégia de repatriamento urgente.

«Não obstante os riscos ligados às próximas eleições na RDC, desejamos que os refugiados regressem em condições normais e que a representação do PAM na RDC facilite a sua viagem, concedendo-lhes uma assistência adequada para reiniciar a sua vida habitual», disse.

O PAM anunciou o fim da sua ajuda, após uma distribuição de alimentos a cerca de mil 400 pessoas na localidade de Bokona, perto da cidade de Impfondo, precisando que «o último estoque de cerca de 900 toneladas, muito limitado, findará durante este mês de outubro.

A cessação do abastecimento de víveres devida à carência constatada na distribuição de doações e de fundos aos refugiados, enquanto, no local, o seu número não para de aumentar, apesar da operação de repatriamento voluntário lançada há alguns meses.

De acordo com Loriston, alguns antigos refugiados, precedentemente repatriados com a ajuda de agências internacionais, na sua maioria originários da província do Equador (noroeste da RDC), separada de Likouala pelo rio Oubangui, voltam aos campos de refugiados, sobretudo nas vésperas das distribuições de alimentos e de outras assistências.

Segundo alguns testemunhos, repatriados «distraem os serviços do ACNUR roubando os seus crachás de refugiado, a fim de ter a facilidade de movimento e de atividades em ambos lados do rio fronteira.

Segundo o ACNUR, cerca de 80 porcento dos 115 mil refugiados registados aderiram ao repatriamento voluntário, favorecido por boas condições de segurança, todavia, desde então, a agência onusina multiplica ações em colaboração com autoridades dos dois Congos e parceiros humanitários, com vista a levar, voluntariamente ao seu país, estas pessoas que fugiram do Equador por causa das violências interrétnicas.

-0- PANA MB/SSB/CJB/DD 10out20114