Agência Panafricana de Notícias

Oposição santomense convoca manifestação para "salvar democracia"

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Quatro partidos da oposição em São Tomé e Príncipe
convocaram para esta sexta-feira uma manifestação pacífica com vista a "salvar a democracia", soube-se em São Tomé de fontes partidárias.

Numa conferência de imprensa conjunta, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), o Movimento Democrático Força da Mudança - Partido Liberal (MDFM-PL), o Partido de Convergência Democrática (PCD) e o Partido Trabalhista Santomense (PTS), este ultimo sem assento parlamentar, justificam a realização da manifestação como "uma ação para salvar a democracia".

Fernando Maquengo, um dos vice-presidentes dos sociais democratas, convidou todos os militantes, simpatizantes e a população em geral a participar na manifestação prevista para as 13 horas locais no campo de futebol do Riboque, um dos bairros mais problemáticos da capital e onde está localizada a sede do maior partido da oposição, o MLSTP-PSD.

O jornalista Adelino Lucas, secretário-geral do MDFM-PL de inspiração do ex-chefe de Estado santomense Fradique de Menezes, disse que a manifestação visa salvar “a democracia, porque sem a paz não há desenvolvimento.”

Arzemiro dos Prazeres, um dos dirigentes do PCD, afirmou que todos os mecanismos legais para a realização da manifestação pacífica já foram desencadeados, exortando apenas que as autoridades competentes mobilizem a força policial para garantir a segurança.

Por sua vez, Anacleto Rolim, líder do PTS, afirmou que apoia a realização da manifestação, pelo facto de o primeiro-ministro Patrice Trovoada se ter transformado em “profeta da democracia para profeta da tirania.”

No entanto, o partido no poder, a Ação Democrática Independente (ADI), através do seu secretario-geral, Levy Nazaré, afirmou que “não teme a manifestação”

Num comunicado, a ADI convidou a população, diplomatas, empresários a estarem seremos e a evitar a manifestação, alegando que o ato poderá "afetar a imagem de São Tomé e Príncipe no estrangeiro e compromete a entrada de investimentos estrangeiros".

Levy Nazaré disse estar na posse de informações que apontam que os militantes e simpatizantes das forças políticas promotoras da iniciativa não estão de acordo com a realização desta manifestação.

O jovem dirigente do ADI admitiu, sem precisar a data, que a população e militantes do partido no poder poderão organizar uma contra-manifestação.

-0- PANA RMG/TON 19Out2012