Agência Panafricana de Notícias

Oposição insta atores políticos ao diálogo na RD Congo

Kinshasa, RD Congo (PANA) – A Oposição Republicana (OR), uma plataforma que agrupa partidos políticos sob a autoridade moral do presidente do Senado, Kengo Wa Dondo, apelou terça-feira aos atores políticos congoleses para dialogar e participar na consolidação da paz e da coesão nacional, "no respeito e consideração da diversidade das correntes sociopolíticas.

A OR reagia à reunião organizada por uma parte da oposição política congolesa, de 8 a 9 de junho corrente, em Genval, na Bélgica, em redor do velho opositor Etienne Tshisekedi, bem como à reação da Maioria Presidencial (MP).

Num comunicado entregue à PANA, em Kinshasa, a OR estigmatizou tal iniciativa, considerando que este tipo de iniciativas "fragilizam a paz e a coesão nacional, propriedade inalienável do povo congolês adquirida ao preço do sangue e selada pela nossa Constituição".

Na nota, a OR sublinha os progressos feitos com base no acordo de Addis Abeba que inspirou, entre outros, as reuniões de concertação nacional cuja execução progressiva das resoluções "contribui para a estabilidade das instituições".

A Oposição Republicana diz ser a favor da aplicação diligente da Resolução 2277 do Conselho de Segurança da ONU que convida a RD Congo a examinar as questões essenciais da vida da nação pela via dum diálogo inclusivo, representativo de todas as correntes políticas e conduzindo às eleições pacíficas, livres, credíveis e transparentes.

Para a OR, o diálogo inclusivo deve ter como meta o respeito pelo espírito e pela letra da Constituição, a preservação da paz e da coesão nacional, a ausência de todas as formas de extremismo, a exclusão da violência sob todas as suas formas, o princípio da alternância do poder, a resolução das contingências do processo eleitoral e a resolução dos problemas pelo consenso.

O encontro de Genval que reuniu cerca de 100 delegados dos partidos da oposição e da sociedade civil decidiu unir-se no seio duma nova estrutura, denominada « Coligação », e exigiu a partida em finais de 2016 do Presidente Joseph Kabila.

A Maioria Presidencial qualificou as conclusões do encontro de "tentativa de golpe de Estado".

-0- PANA KON/BEH/MAR/IZ 22junho2016