Agência Panafricana de Notícias

Oposição denuncia dobro de 259 735 eleitores no ficheiro eleitoral no Togo

Lomé, Togo (PANA) - O presidente do Partido dos Togoleses (PT), Alberto Olympio, denuncia um dobro de 259 mil e 735 eleitores no ficheiro eleitoral togolês, revela uma análise técnica enviada à PANA esta quinta-feira em Lomé.

Segundo Alberto Olympio, informático de profissão, "a análise duma cópia do ficheiro eleitoral utilizado nas eleições legislativas de 2013 em versão PDF menciona mais 259 mil e 735 dobro dos dois milhões e 957 mil e 18 eleitores, ou seja 8,78 porcento".

O que, segundo ele, "é considerável uma eleição presidencial uninominal de uma volta".

Continuando a análise do ficheiro recebido em PDF, Olympio revela que "os eleitores da faixa etária 65 anos e mais, representam 4,13 porcento enquanto os dados do Banco Mundial revelam que esta faixa etária representa 2,7 porcento da população togolesa".

Além disso, deu a conhecer, "constata-se igualmente que, em cada eleição presidencial, o número de eleitores aumenta consideravelmente mas diminuindo amplamente durante as eleições legislativas".

Ele precisou, para esse respeito, que "esta análise foi feita unicamente em eleitores cujos apelidos, nomes, apelido do pai, o da mãe, género, profissão e idade são rigorosamente idênticos.

Nenhuma comparação biomética foi feita muito menos um reconhecimento facial, disse.

Assim sendo, a oposição preconiza que se proceda a uma "auditoria completa do ficheiro eleitoral » antes do desenrolamento do escrutínio já que o ficheiro de 2013 serve de base ao de 2013.

Alberto Olympio, revelado recentemente aos Togoleses, é um perito em informática, fundador e presidente diretor-geral do grupo Axxend, criado em novembro de 2009, e especializado em engenharia informática e telecomunicações.

É igualmente vice-presidente e co-fundador de African Techonology Forum ao passo que o seu grupo Axxend está atualmente presente em oito países com clientes em mais de 15 países em África, indica-se.

A respeito do ficheiro eleitoral, a Organização Internacional da Francofonia (OIF) enviou, a Lomé, dois peritos para a sua consolidação, visto que a oposição acusa o poder executivo de fraude, enchendo este ficheiro de 30 porcento de eleitores fictícios.

Este problema conduziu igualmente o chefe de fila da oposição, Jean-Pierre Fabre, candidato às presidenciais, a apresentar uma queixa em Bruxelas (Bélgica) contra a empresa Zetes que forneceu um software para a sua confeção.

O escrutínio presidencial no Togo está oficialmente previsto para 15 de abril próximo mas o presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e chefe do Estado ganense, John Dramani Mahama, aquando de uma visita de trabalho terça-feira à capital togolesa, propôs um adiamento de dez dias.

Porém, a está proposta, o Governo togolês ainda não deu resposta.

-0-PANAFAA/BEH/MAR/DD 26março2015