Agência Panafricana de Notícias

Oposição cria frente para próximas eleições na Mauritânia

Nouakchott, Mauritânia (PANA) - Quatro coligações e um partido político mauritanos assinaram, esta semana, um acordo para a criação de uma frente eleitoral comum denominada "Aliança Eleitoral da Oposição Democrática (AEOD)", visando as próximas eleições gerais e autárquicas no país, constatou a PANA no local.

A Mauritânia tem eleições legislativas, regionais e autárquicas marcadas para 01 de setembro de 2018.

Os signatários da nova aliança são o Fórum Nacional para a Democracia e Unidade (FNDU), um coletivo de partidos políticos, organizações da sociedade civil, centrais sindicais e personalidades independentes; a Coligação das Forças Democráticas (RFD), a União Nacional para uma Alternância Democrática (UNAD), e os partidos SAWAB, Al Watan e a Convergência Democrática Nacional (CND).

Falando em nome dos seus colegas, Bâ Mamadou Alassane, líder do Partido para a Liberdade, Igualdade e Justiça (PLEJ), explicou que o objetivo da nova aliança "é materializar o desejo de mudança democrática no país para o advento de um Estado de Direito na Mauritânia".

Garantir uma maior presença da oposição na Assembleia Nacional, nos Conselhos Regionais e nos Conselhos Autárquicos, para barrar qualquer tentativa do atual regime de se manter no poder consta igualmente entre os objetivos da nova aliança.

Os aliados declararam a sua determinação de construir "uma sociedade justa, igual e pluralista para consolidar e defender a unidade nacional com base na diversidade e na complementaridade entre as diferentes componentes do povo".

Tencionam igualmente promover "os valores de cidadania, de fraternidade, de solidariedade e de tolerância que são as do nosso povo e da nossa religião sadia".

Os responsáveis da nova aliança, incluindo Ahmed Ould Daddah (RFD) e Mohamed Ould Maouloud (FNDU), exprimiram a sua viva preocupação pelas condições em que essas eleições serão organizadas, receando "falta de transparência", nomeadamente, pela inexistência de "um ficheiro eleitoral e uma Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) consensuais".

No seu entender, não estão reunidas as condições para "eleições livres, democráticas, transparentes e credíveis nas datas anunciadas".

-0- PANA SAS/IS/MAR/IZ 13julho2018