Agência Panafricana de Notícias

Oportunidade do debate sobre regionalização divide Cabo-verdianos

Praia, Cabo Verde (PANA) – Uma percentagem “significativa” (50 porcento) de Cabo-verdianos considera que a discussão e a socialização da temática regionalização não é, neste momento, um assunto prioritário para Cabo Verde, segundo os resultados de um inquérito divulgado terça-feira, na cidade da Praia.

O estudo realizado pela Afrosondagem, divulgado no dia em que teve início, na capital cabo-verdiana, uma cimeira sobre a regionalização em Cabo Verde, indica ainda que um quarto dos inquiridos não tem opinião formulada sobre esta temática que, na opinião de muitos, “ainda carece de maior aprofundamento”

O inquérito sobre a qualidade da democracia em Cabo Verde confirmou que o desemprego continua sendo para os Cabo-verdianos o maior problema do país e por arrastar consigo vários outros, nomeadamente, o aprofundamento da desigualdade social, da criminalidade e da insegurança,

O seu combate “implica um pacto de regime que permita a construção de soluções sustentáveis a curto, médio e longo prazo”, refere a pesquisa.

A criminalidade e a insegurança são também apontadas como estando entre os “mais graves” problemas sociais que afligem a vida dos cidadãos, sobretudo, nos principais centros urbanos do arquipélago, razão pela qual os inquiridos colocam-nas, a par do desemprego, no rol dos principais problemas do país.

Questionados pela Afrobarometro se o Governo tem resolvido bem ou mal esses problemas, os Cabo-verdianos que responderam ao inquérito avaliaram negativamente o desempenho do Executivo nessas matérias.

A cimeira sobre a regionalização em Cabo Verde conta com comunicações e presenças de várias personalidades, entre os quais membros do Governo, autarcas, estudiosos, investigadores, técnicos de diversas áreas, sociedade civil e organizações internacionais.

A realização deste evento, que faz parte da agenda da reforma do Estado em cabo Verde, tem por objetivo encontrar caminhos para o aprofundamento da regionalização no país, visando a eficiência e a eficácia da Administração Pública central e local, e o desenvolvimento equilibrado das ilhas.

As recomendações finais, de acordo com os seus promotores, deverão incidir sobre a articulação das estratégias e políticas públicas de nível central e local, sobre os mecanismos de promoção, coordenação e participação dos setores público, privado e da sociedade civil.

O potencial económico local para sustentar os diferentes cenários de desenvolvimento económico e social local figura igualmente entre as matérias de incidência do documento final.

-0- PANA CS/IZ 15abril2015