Agência Panafricana de Notícias

Opção militar inevitável para libertar cidades líbias pró-Kadafi

Tripoli, Líbia (PANA) - A opção militar parece doravante inevitável para libertar as cidades líbias ainda controladas por forças fiéis ao deposto líder do país, Muamar Kadafi, já que o ultimato que lhes foi dado expira neste sábado e as negociações entre dignitários das mesmas e o Conselho Nacional de Transição (CNT, no poder) fracassaram.

Trata-se das cidades de Bani Walid, a 150 quilómetros a sudeste de Tripoli; Sirtes, cidade natal de Muamar Kadafi, no centro do país; e Sebha, no sul, no deserto do Sara.

Na frente de Bani Walid, as forças do CNT concentraram-se nos arredores desta região esperando que seja dada a ordem para lançar o ataque final.

Combates opuseram na sexta-feira brigadas residuais do coronel Kadafi aos combatentes do CNT que já estão às portas da cidade, bastião dos Warfela, a maior tribo líbia favorável a Kadafi.

Na frente leste, as forças das novas autoridades líbias depararam com uma forte resistência dos soldados fiéis a Kadafi no Vale Vermelho, perto de Sirtes, a 450 quilómetros de Tripoli.

Os reforços dos combatentes do CNT chegavam ainda à região em previsão do assalto final a ser lançado logo que expire o ultimato dado a esta cidade para se render.

No plano político, informações indicam a chegada, neste sábado, a Triipoli, do presidente do CNT, Mustapha Abdeljalil, que, pela primeira vez, efetua uma visita a esta cidade desde a criação, a 27 de fevereiro último, do órgão político que coordena a rebelião contra Kadafi que eclodiu dez dias antes em Benghazi, no nordeste do país.

A sua chegada a Tripoli segue-se à do seu adjunto e presidente do Conselho Executivo, Mahmoud Jibril, que disse na ocasião que "a batalha ainda não foi ganha", advertindo os seus correligionários das lutas políticas prematuras.

Sublinhou que, entre as prioridades da fase atual, figuram a conclusão da libertação do país, a construção de um Estado democrático que não exclua ninguém e a instauração da segurança e da estabilidade no país.

-0- PANA BY/JSG/SOC/DD 10set2011