Oito mortos em manifestações no Quénia
Nairobi, Quénia (PANA) - Oito pessoas morreram quarta-feira última no Quénia em manifestações contra impostos, sob a égide da Geração Z, promotora das manifestações de rua ocorridas em 2024, soube a PANA de fonte oficial.
A Comissão Nacional Queniana dos Direitos Humanos (KNCHR, sigla em inglês) confirmou o número de mortos, dos quais dois a tiro, em Nairobi (a capital do país), anunciando ao mesmo tempo mais de 400 feridos, na sequência destes atos protagonizados pela Geração Z, mais provocante do que nunca.
De facto, manifestantes voltaram às ruas quarta-feira última para marcar o primeiro aniversário do assalto ao Parlamento e ao Tribunal Supremo, a 25 de junho de 2024,
Desta feita, eles monstraram-se mais provocadores durante os incidentes da quarta-feira última, tendo arrastado, especialmente em Nairobi, esculturas ilustrantes do potencial da fauna queniana pelas principais autoestradas.
Em toda a cidade, os esforços da polícia para estabelecer um cordão de segurança ao longo de todas as autoestradas conducentes ao centro de Nairobi fracassaram algumas horas mais tarde.
A imprensa local falou em saques à lojas na cidade capital, onde, em certas zonas, os manifestantes tomaram o controlo dos veículos de polícia, aos quais foram vistos pendurados num ambiente efervescente.
Consequentemente, a Autoridade de Regulação da Comunicação do Quénia (CAK, sigla em inglês) ordenou o encerramento de todos os principais canais de televisão.
Face a insistência de alguns órgãos de comunicação, a CAKm dirigida por um antigo jornalistam David Mugony, enviou agentes de segurança invadirem locais de difusão e desconetarem seus equipamentos.
Foi o caso do jornar The Standard que se recusou primeiro a interromper a cobertura em direito destas manifestações, tendo o seu canal, Kenya Television Network (KTN) sido fechado.
Segundo a imprensa local, a CAK não tinha nenhuma razão de ordenar o fecho destes órgãos de comunicação, mas declarou contestar esta decisão diante dos tribunais.
Um juiz do Supremo Tribunal, Chacha Mwita, mandou suspender esta decisão da entidade reguladora da Comunicação Social, soube a PANA da mesma fonte.
-0- PANA AO/RA/NFB/JSG/DD 26junho2025
