Agência Panafricana de Notícias

ONU quer justiça para peritos e acompanhantes congoleses mortos no centro da RDC

Kinshasa, RD Congo (PANA) – A Organização das Nações Unidas (ONU) reclama pela justiça para os seus dois peritos e os seus acompanhantes congoleses, mortos há um ano, em missão na localidade de Kasai, no centro da República Democrática do Congo (RDC), declarou quarta-feira Florence Marchal, porta-voz da Missão Multidimensional Integrada da ONU para a Estabilização na RD Congo (MONUSCO).

"Nós continuamos a trabalhar para que sejas elucidados estes crimes odiosos", disse Marchal, em conferência de imprensa semanal da ONU em Kinshasa.

A representante especial do Secretário-Geral da ONU, Leila Zerrougui, e todo o pessoal da ONU na RD Congo saúdam a sua memória, bem como a de todos os Congoleses e de todas as Congolesas mortos no ano de 2017, deu a conhecer Marchal.

Os dois peritos da ONU, designadamente Zaïda Catalan e Michael Sharp, pereceram a 12 de março de 2017 durante o seu inquérito sobre valas comuns descobertas nesta localidade, palco de distúrbios desde setembro de 2016.

Segundo as autoridades congolesas, os dois peritos foram abatidos por elementos da milícia Kamuina Nsapu, rebelião nascida logo depois da morte do seu chefe num assalto lançado pelo Exército congolês em agosto de 2016.

Um inquérito conjunto da Rádio França Internacional (RFI) e da agência de notícia britânica Reuters revelou, a 20 de dezembro último, o envolvimento de três agentes do Estado congolês na organização da missão que custara a vida aos dois peritos onusinos.

-0- PANA KON/IS/SOC/FK/DD 15março2018