PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU nomeia antigo Presidente cabo-verdiano embaixador para Terras Áridas
Praia, Cabo Verde (PANA) - O ex-Presidente de Cabo Verde Pedro Pires (2001-2011) foi nomeado pela Convenção das Nações Unidas para a Luta contra a Desertificação (UNCCD) embaixador da organização para as Terras Áridas, apurou a PANA, terça-feira, na cidade da Praia.
Os embaixadores da UNCCD para as Terras Áridas são escolhidos por dois anos, renováveis, para desempenhar funções específicas em prol do desenvolvimento sustentável do planeta.
Numa nota divulgada pelo Instituto Pedro Pires, citando um comunicado da UNCCD, o novo embaixador da organização diz que aceitou o cargo por considerar que "a gestão sustentável da Terra, em particular na luta contra a desertificação, a degradação e a seca é uma das grandes prioridades de África".
Segundo Pedro Pires, a missão do secretariado da organização é uma "fonte de esperança" para um "vasto conjunto de países", que necessitam de implementar um programa de ação "efetivo e com sucesso".
O antigo Presidente cabo-verdiano, retirado da política ativa em 2011, defendeu ser necessário, doravante, promover a gestão sustentável da Terra, sobretudo num contexto da Agenda de Desenvolvimento a defender pelas Nações Unidas após 2015, ano em que serão avaliados os resultados dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), definidos em 2000.
O presidente cessante da UNCCD, Luc Gnacadja, ao comentar a nomeação de Pedro Pires no último ato oficial do seu mandato, considerou o ex-Presidente cabo-verdiano como um "poderoso porta-voz" para o combate à desertificação nos esforços globais para mobilizar vontade política e fundos financeiros.
"Um dos desafios permanentes que a UNCCD tem encontrado desde a sua fundação, em 1994, tem sido dar maior visibilidade à questão das terras áridas e para as vantagens de uma gestão sustentável da terra”, disse Luc Gnacadja.
Sublinhou que a organização tem tido, gradualmente, algum reconhecimento, mas que precisa de “mais esforços para colocar a questão como pilar da Agenda de Desenvolvimento pós-2015".
Em junho de 2012, na conferência que ficou conhecida por "Rio + 20", os líderes mundiais reconheceram os desafios crescentes da desertificação, da degradação da terra e da seca e acordaram um plano de ação para os combater.
Entre outras personalidades, a UNCCD já teve como embaixadores para as Terras Áridas o antigo diretor-geral do Centro Agroflorestal Mundial, Dennis Garrity, o economista Jeffrey Sachs, ambos norte-americanos; a cantora gospel sul-africana Deborah Fraser e a Miss Universo 2012, A angolana Leila Lopes.
Pedro Pires, 79 anos, um dos artífices da luta pela independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, nasceu a 29 de abril de 1934 em São Filipe, na ilha cabo-verdiana do Fogo.
Antes de ser Presidente, ele foi primeiro-ministro entre 1975, data da independência, e 1991, ano das primeiras eleições multipartidárias da história do país.
Em 2011, ele venceu o Prémio Mo Ibrahim para a Liderança e Boa Governação em África, em reconhecimento do papel desempenhado na transformação de Cabo Verde num modelo de democracia, estabilidade e crescente prosperidade.
-0- PANA CS/IZ 16out2013
Os embaixadores da UNCCD para as Terras Áridas são escolhidos por dois anos, renováveis, para desempenhar funções específicas em prol do desenvolvimento sustentável do planeta.
Numa nota divulgada pelo Instituto Pedro Pires, citando um comunicado da UNCCD, o novo embaixador da organização diz que aceitou o cargo por considerar que "a gestão sustentável da Terra, em particular na luta contra a desertificação, a degradação e a seca é uma das grandes prioridades de África".
Segundo Pedro Pires, a missão do secretariado da organização é uma "fonte de esperança" para um "vasto conjunto de países", que necessitam de implementar um programa de ação "efetivo e com sucesso".
O antigo Presidente cabo-verdiano, retirado da política ativa em 2011, defendeu ser necessário, doravante, promover a gestão sustentável da Terra, sobretudo num contexto da Agenda de Desenvolvimento a defender pelas Nações Unidas após 2015, ano em que serão avaliados os resultados dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), definidos em 2000.
O presidente cessante da UNCCD, Luc Gnacadja, ao comentar a nomeação de Pedro Pires no último ato oficial do seu mandato, considerou o ex-Presidente cabo-verdiano como um "poderoso porta-voz" para o combate à desertificação nos esforços globais para mobilizar vontade política e fundos financeiros.
"Um dos desafios permanentes que a UNCCD tem encontrado desde a sua fundação, em 1994, tem sido dar maior visibilidade à questão das terras áridas e para as vantagens de uma gestão sustentável da terra”, disse Luc Gnacadja.
Sublinhou que a organização tem tido, gradualmente, algum reconhecimento, mas que precisa de “mais esforços para colocar a questão como pilar da Agenda de Desenvolvimento pós-2015".
Em junho de 2012, na conferência que ficou conhecida por "Rio + 20", os líderes mundiais reconheceram os desafios crescentes da desertificação, da degradação da terra e da seca e acordaram um plano de ação para os combater.
Entre outras personalidades, a UNCCD já teve como embaixadores para as Terras Áridas o antigo diretor-geral do Centro Agroflorestal Mundial, Dennis Garrity, o economista Jeffrey Sachs, ambos norte-americanos; a cantora gospel sul-africana Deborah Fraser e a Miss Universo 2012, A angolana Leila Lopes.
Pedro Pires, 79 anos, um dos artífices da luta pela independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, nasceu a 29 de abril de 1934 em São Filipe, na ilha cabo-verdiana do Fogo.
Antes de ser Presidente, ele foi primeiro-ministro entre 1975, data da independência, e 1991, ano das primeiras eleições multipartidárias da história do país.
Em 2011, ele venceu o Prémio Mo Ibrahim para a Liderança e Boa Governação em África, em reconhecimento do papel desempenhado na transformação de Cabo Verde num modelo de democracia, estabilidade e crescente prosperidade.
-0- PANA CS/IZ 16out2013
