Agência Panafricana de Notícias

ONU lança programa de 16 milhões de euros para juventude e mulheres na Gâmbia

Banjul, Gâmbia (PANA) - O Fundo de Equipamento das Nações Unidas (FENU) lançou, esta semana, um programa de 16 milhões de euros visando promover a resiliência à mudança climática graças ao financiamento do desenvolvimento local e à inclusão financeira a favor da criação de empregos na Gâmbia.

O programa intitulado "Empregos, Competência e Finanças (JSF) para as mulheres e os jovens na Gâmbia" é financiado pela União Europeia (UE).

Visa contribuir para a estabilização da situação económica, social e de segurança do país durante a transição democrática, facilitando a inclusão social e o emprego dos jovens e mulheres, salientando a sua promoção de igualdade dos sexos e a luta contra a mudança climática.

Na sua declaração, Pepetua Kalala, adjunta da nova coordenadora residente da ONU, Seraphine Wakana, sublinhou a importância da criação de empregos para as mulheres e os jovens na vontade do país de atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Segundo ela, os jovens gambianos estão confrontados com grandes obstáculos para aceder ao mercado do trabalho no país.

"As mulheres são particularmente excluídas, perto de 50 porcento das jovens mulheres na Gâmbia estão desempregadas, contra 38 porcento dos homens do mesmo grupo etário", indicou.

Quando as mulheres participam efetivamente no mercado do trabalho, prosseguiu, elas são mais suscetíveis que os homens de "ocupar empregos de fraca produtividade e ganham salários consideravelmente inferiores aos dos homens".

Kalala declarou que a falta de participação das mulheres no mercado do trabalho "mancha os objetivos de desenvolvimento e o crescimento económico, em sentido amplo, acrescentando que a melhoria da participação das mulheres e dos jovens no mercado do trabalho oferece enormes possibilidades de vantagens sociais e económicas.

Declarou que os jovens, que representam mais de 60 porcento da população, têm o potencial de se tornar no motor do crescimento económico do país e que a sua exclusão do mercado do trabalho reforça os ciclos de pobreza e pode em defintivo transformar-se num risco para a coesão e a estabilidade sociais.

-0- PANA MLJ/MTA/BEH/SOC/MAR/IZ 10out2018