Agência Panafricana de Notícias

ONU e seus parceiros africanos adotam estratégia conjunta sobre Somália

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – A Organização das Nações Unidas (ONU) e seus parceiros africanos adotaram uma estratégia conjunta destinada a ajudar o Governo interino da Somália a enfrentar distúrbios e gerir o período de transição.

A estratégia regional conjunta adotada pelo Escritório Políticos da ONU na Somália (UNPOS), pela Missão Africana na Somália (AMISOM) e pela Autoridade Inter-Governamental sobre o Desenvolvimento (IGAD), define uma abordagem comum das questões políticas e, de segurança, humanitárias, institucionais e financeiras, em relação aos desafios com que está confrontado o processo de paz neste país do Corno de África.

Um comunicado da ONU transmitido à PANA em Nova Iorque, nos Estados Unidos, quinta-feira, indica que o acordo sobre a estratégia foi concluído durante uma reunião de coordenação mensal por Augustine Mahiga, representante especial de Ban Ki-moon, Secretário-Geral da AONU na Somália, por Boubacar Diarra, enviado da União Africana (UA) para a Somália e por Kipruto arap Kirwa, facilitador da paz do IGAD.

Ele indicou que esta plataforma será utilizada como instrumento para desenvolver a cooperação e a partilha de informações entre as três instituições, a comunidade internacional e outros parceiros.

Ele recordou que, no âmbito da Carta Federal de Transição, o mandato do Governo Federal da Transição (TFG) deverá expirar em agosto próximo.

No entanto, no início de fevereiro corrente, o Parlamento Interino votou a prolongação para três anos, depois de agosto, para a adoção duma nova constituição que deve preceder as eleições gerais.

Este gesto suscitou críticas da parte da enviada especial na Somália que indicou que a decisão foi tomada com a pressa e sem consultas necessárias sobre como concluir a transição.

O comunicado sublinhou que entre as tarefas por concluir figuram a reconciliação política e a construção de instituições civis e de segurança.

A Somália que não tem Governo Central desde 1991, é assolada por décadas de conflito fracional e enfrenta igualmente uma crise humanitária séria em que dois milhões 400 mil pessoas precisam de assistência, indica-se.

-0- PANA AA/VAO/AKA/TBM/CJB/DD 24fev2011