Agência Panafricana de Notícias

ONU defende fim de ataques e de discriminação contre les albinos

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Secretário-Geral (SG) da Organização das Nações (ONU), Ban Ki-moon, apelou segunda-feira a todos os países do mundo para porem fim à discriminação que ameaça o bem-estar, a saúde e até a vida das pessoas albinas e fornecerem programas que lhes permitam desempenharem plenamente um papel na sociedade.

"Apelo aos países e às partes em causa para reconhecerem que os direitos humanos são aplicáveis a todas as pessoas, incluindo albinos, no mundo", declarou Ban Ki-moon numa mensagem alusiva ao segundo Dia Internacional de Sensibilização ao Albinismo.

A seu ver, os albinos encontram-se em todos os países e em todas sociedades no mundo, independentemente da origem étnica ou do sexo, e a discriminação e a estigmatização destas pessoas existem igualmente a níveis diversos em todo mundo.

"O albinismo sempre foi objeto de mistificações de que derivam crenças e mitos completamente errados, nomeadamente a tradição segundo a qual poções ou amuletas fabricadas a partir de partes corporais de albinos possuem poderes mágicas, que deram azo, em alguns países, a uma procura tremenda destes produtos estranhos, lê-se na mensagem de Ki-moon.

"Isto levou a ataques, raptos e homicídios destes seres humanos, até à exumação dos seus corpos em cemitérios", indignou-se o SG da ONU.

Deplorou também que, devido a esta longa história de discriminação e estigmatização, em certos lugares, estas pessoas estejam a viver numa pobreza abjeta, sem acesso a serviços básicos, como alojamento, saúde e educação.

Avisou que a "Agenda 2030 para o desenvolvimento duradoiro compromete-se a não deixar ninguém de fora, incluindo os albinos", e que o ciclo de ataques, da discriminação e da pobreza deve ser quebrado".

Ban Ki-moon saudou por outro lado a recente nomeação de Ikponwosa Ero da Nigéria em qualidade de primeira perita da ONU sobre os direitos de pessoas albinas.

Citou Ikponwosa Ero como tendo declarado que "os albinos e seus pais, no Malawi, vivem constantemente com o receio de serem atacados".

A perita descreveu o quadro como "uma situação de emergência e uma crise inquietante com proporções alarmantes".

-0- PANA AA/VAO/MTA/TBM/SOC/DD 14junho2016