Agência Panafricana de Notícias

ONU apela Liberianos à paz na segunda volta das presidenciais

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos Liberianos para se comportarem pacificamente durante a segunda volta da eleição presidencial prevista para 08 de novembro próximo.

O CS felicitou igualmente os Liberianos pela disciplina de que deram prova durante a primeira volta realizada no início de outubro corrente, indica um comunicado divulgado esta quarta-feira.

Ele convidou todos os Liberianos a continuarem empenhados neste processo político legítimo, a darem prova de moderação e a trabalharem conjuntamente para a instauração da confiança no processo eleitoral.

Convidou os atores internacionais e nacionais, incluindo associações da Sociedade Civil, a desdobrarem mais observadores eleitorais possíveis para supervisionar a segunda volta.

O CS insistiu igualmente na necessidade de conservar a lei e a ordem, bem como a segurança durante este escrutínio para garantir um processo democrático pacífico e transparente.

Participaram na primeira volta dezesseis candidatos, incluindo a Presidente cessante Ellen Johnson-Sirleaf, mas nenhum deles conseguiu obter 51 porcento dos votos para ser eleito logo nesta fase.

Johnson-Sirleaf, que obteve 43,9 porcento dos um milhão e 300 mil votos, defrontará na segunda volta Winston Tubman, que obteve 32,7 porcento dos votos.

A ONU mantém uma força de manutenção da paz na Libéria, designada Missão das Naçĩoes Unidas na Libéria (UNMIL) desde 2003 para a aplicação de um acordo de cessar-fogo que pôs termo a uma década de guerra civil que fez cerca de 150 mil mortos, na sua maioria civis, e obrigou ao exílio 850 mil pessoas.

A UNMIL, cujo mandato consiste em ajudar a restabelecer a ordem e o processo democrático, bem como facilitar a assistência humanitária, conta atualmente sete mil 775 soldados e mais de mil 300 polícias.

A missão deu igualmente um apoio logístico ao desdobramento do material eleitoral nas regiões longínquas, ajudou a Polícia Nacional a elaborar um plano de emergência e de segurança integrado antes das eleições.

Ela desdobrou mais tropas no solo, aumentando ao mesmo tempo as suas patrulhas aéreas para reforçar a segurança e tranquilizar os eleitores.

Johnson-Sirleaf venceu a primeira eleição presidencial após a guerra em 2005, tornando-se assim na primeira mulher eleita chefe de Estado em África.

-0- PANA AA/SEG/FJG/JSG/IBA/CJB/DD 27out2011