Agência Panafricana de Notícias

ONU advoga interesses nacionais acima de interesses partidários na Guiné-Bissau

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O enviado da Organização das Nações Unida (ONU) na Guiné-Bissau, Modibo Touré, sublinhou a necessidade para os dirigentes políticos de porem de lado considerações partidárias para se concentrarem nos interesses nacionais e no bem-estar da população no sofrimento.

« O impasse político atual pode e deve ser resolvido para garantir a paz e a estabilidade na Guiné-Bissau e melhorar as condições de vida das populações », declarou Touré numa reunião com.o Conselho de Segurança (CS) da ONU.

O também chefe do Escritorio Integrado das Nações Unidas na Guiné-Bissau (BINUGBIS) declarou que as partes em conflito no país deviam fazer sacrifícios e concessões necessárias para porem termo a um impasse parlamentar e colocarem o aparelho governamental na boa via.

« A Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau foi bloqueada num impasse nos últimos meses e ainda não conseguiu examinar o programa do Governo que implementado durante três meses », lamentou.

Contudo, indicou que o presidente da Assembleia Nacional tomou medidas para encontrar uma solução para o impasse, nomeadamente um exercício de mediação entre os grupos parlamentares dos dois principais partidos.

O enviado da ONU declarou igualmente que, sem a aprovação pelo público do programa do Governo, será difícil introduzir reformas e empreender políticas e estratégias que possam favorecer o crescimento económico e melhorar as condições de vida das populações.

Touré notou igualmente que, além de se priorizar atualmente a estabilidade em tidos os aspetos, a energia e os recursos devem ser investidos para favorecer este desiderata.

Para o efeito, apelou à comunidade dos doadores de fundos para concederem mais recursos ao setor social, incluindo a saúde e a educação, e a programas de autonomização das mulheres e a oportunidades criadas para os jovens.

Acrescentou que quebrar o impasse político devia igualmente incluir a possibilidade, para atores políticos deste país da África Ocidental, refletirem sobre se pode pôr termo ao ciclo recorrente da paralisia institucional e garantir uma estabilidade duradoura.

-0- PANA AA/VAO/MTA/BEH/MAR/DD 1set2016