Agência Panafricana de Notícias

OMS protege trabalhadores contra vírus de Ébola na Serra Leoa

Genebra, Suíça (PANA) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou temporariamente os seus trabalhadores da saúde a partir do posto de Kailahun, na Serra Leoa, para Freetown, a capital, depois do anúncio no fim de semana da infeção de um dos seus agantes pelo vírus do Ébola.

"Foi a coisa a mais responsável a fazer. A equipa de terreno atravessou um período traumatizante por este incidente", declarou terça-feira o representante da OMS na Serra Leoa, Dr. Daniel Kertesz, citado num comunicado da OMS transmitido à PANA.

"Eles estão esgotados por longas semanas de trabalho heróico para ajudar os pacientes infetados pelo vírus do Ébola. Se acrescentar o fator estresse, o risco de acidente aumenta", declarou o Dr. Kertesz.

Terça-feira, a OMS enviou uma equipa à cidade fronteiriça com a Guiné Conakry para fazer um exame do colega que foi infetado.

A equipa vai tentar determinar como o agente de saúde foi infetado, examinar as condições de vida e de trabalho de todos os trabalhadores, tentar identificar os fatores que aumentam o risco de infeção e responder a estas questões.

"Reconhecemos que isto vai interromper o trabalho no terreno a curto prazo, mas tranquiliza que protegemos os trabalhadores da saúde para ajudar a comunidade a longo prazo", explicou Dr. Kertesz. "Trabalhamos rapidamente para assegurar que podemos regressar ao terreno o mais rápido possível".

A OMS declarou que depois do inquérito e medidas apropriadas tomadas ela vai enviar uma equipa a Kailahun.

A Serra Leoa tem o segundo maior númro de Doenças do Vírus do Ebola (DVE) - 910 casos - atrás da Libéria e o terceiro maior número de mortes (392 casos), segundo a OMS. Os outros países afetados pela epidemia são a Nigéria e a Guiné Conakry.

-0- PANA SEG/AR/MTA/IS/SOC/MAR/TON 27agosto2014