Agência Panafricana de Notícias

OMS assiste populações afetadas por inundações em África

Genebra, Suíça (PANA) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a trabalhar, em colaboração com os Governos, com as outras agências onusinas e com os parceiros, para reduzir os riscos de surto de doenças infeciosas nas regiões afetadas por inundações em África e no Mediterâneo Oriental.

Segundo a OMS, as populações nessas regiões estão confrontadas com riscos acrescidos de doenças ou de mortes causadas por patologias ligadas à água e por outras doenças que se progagam rapida e facilmente nos abrigos provisórios sobrelotados.

Num comunicado publicado no seu site Internet, a agência onusina indica que, sexta-feira, quase um milhão de pessoas foram afetadas no Sudão do Sul, onde 60 porcento das localidades afetadas pelas inundações já estão confrontadas  com níveis extremos de desnutrição.

Desde o início das úlltimas chuvas, em julho passado, 42 centros de nutrição foram obrigados a suspender os seus serviços.

Para contribuir para os planos de emergência dos Governos, a OMS está a enviar peritos e a encaminhar por via aérea fornecimentos médicos às províncias duramente afetadas.

Os países mais afetados são o Benin, os Camarões, a República Centroafricana, a Somália, a Somalilândia, o Sudão do Sul e o Iémen.

Na Somália e na Somalilândia, as inundações deslocaram mais de 300 mil pessoas, desde setembro último.  

A maioria dos distritos afetados pelas inundações são “zonas quentes”  no que diz respeito à cólera, zonas onde as populações estão confrontadas com um acesso limitado às estruturas médicas.

Agora com a impraticabilidade das estradas e um aumento do número de pessoas que sofrem do paludismo e da diarreia, a situação torna-se muito crítica para várias pessoas.

Em conformidade com o plano de socorros governamental, a OMS contribuiu para o envio de 20 equipas de intervenção de emergência, 10 equipas de intervenção rápida, e distribuiu 483 provisões médicas das quais materiais para o tratamento dos casos de cólera e de traumatismos.

Mais de 22 mil pessoas foram tratadas de pneumonia, do sarampo, da diarreia e de outros problemas ligados à saúde.

Ainda no quadro das ações, a OMS está igualmente a distribuir mosquiteiros, medicamentos para o tratamento da cólera e outro material médico vital para tratar as doenças hídricas.

Na preocupação de avaliar o impacto das inundações no continente africano, medir os riscos e os défices potenciais, a agência onusina especializada está a estabelecer um relatório analítico que cobre todos os países afetados.

O  impacto das tempestades sucessivas, dos ciclones e das chuvas diluvianas, foi extremamente severo em 2019 e na sequência das recentes fortes inundações; com o objetivo de evitar o mesmo cenário,  a OMS está a aumentar as suas ações, visando controlar as doenças e conceder materiais e abastecimentos essenciais às populações duramente afetadas.

-0- PANA AR/BAI/IS/SOC/FK/IZ 11nov2019