Agência Panafricana de Notícias

Novo Governo tunisino toma posse na Tunísia

Túnis, Tunísia (PANA) – O primeiro-ministro tunisino, Elyes Fakhfakh, e os 32 membros do seu Governo prestaram juramento quinta-feira no Palácio de Cartago, em Túnis,  durante uma cerimónia liderada pelo Presidente tunisino, Kais Saied.

Falando por esta ocasião, o chefe do Estado tunisino insistiu na necessidade de se lutar contra a corrupção, reconhecendo no entanto  que “a batalha será longa e dura”.

Para ele, a Tunísia é capaz de ganhar esta guerra, graças à vontade do povo tunisino, apelando para o efeito, à "nova equipa governamental para não deixar este male sem remédio”.

O primeiro-ministro, Elyes Fakhfakh, reafirmou, várias vezes, diante do Parlamento, quarta-feira última, para obter a confiança dos deputados, a sua vontade de manter vários engajamentos, como o restabelecimento da autoridade do Estado que deve ser forte, justo e tranquilizante.

Também expressou a sua vontade de “lutar com força contra a corrupção."

Assumiu igualmente o compromisso de empreender uma série de reformas administrativas atinentes à educação, à saúde e ao investimento, trabalhando para reforçar a confiança, produção e criação de empregos.

Por outro lado, ele manifestou-se preocupado com a "cena política complicada", advertindo das “perdas das conquistas da Revolução (de janeiro de 2011) e do período de transição.”

Reagindo à formação do seu Governo e à confiança dada a este pelo Parlamento, o partido "Teyar Tounes" (partido político tunisino de tendência social-democrata) considerou quinta-feira, num comunicado,  que "o novo Governo é a continuidade dos Governos dos interesses particulares e das negociações porque não tem em conta os resultados das negociações de vários meses sobre as eexpetativas do povo tunisino.

A crise económica na Tunísia segue-se ao fiasco certo dum sistema de desenvolvimento liberal bárbaro que prevaleceu na economia tunisina durante décadas.

“Este sistema depende das políticas económicas do Fundo Monetário Internacional e das instituições financeiras, marcadas pela falta de proteção dos fundamentos da economia e das indústrias nacionais”, acrescentou o partido, afirmando que Fakhfakh vai seguir a mesma via.

-0- PANA YY/IN/BEH/MAR/DD 28fev2020