Agência Panafricana de Notícias

Nigéria resiste à pressão onusina para autorizar casamento homossexual

Abuja, Nigéria (PANA) – O ministro nigeriano da Justiça, Mohammed Bello Adoke, exprimiu o seu desacordo face à pressão exercida sobre a Nigéria pelas Nações Nações para ab-rogar a lei anti-homossexual que o Presidente Goodluck Jonathan promulgou recentemente.

O governante nigeriano defendeu que os direitos dos homossexuais são contrários aos valores culturais e religiosos do país, afirmando que "será muito difícil" fazer os Nigerianos ceder nesta questão.

"A Nigéria é fundamentalmente uma sociedade muito religiosa, e as nossas populações não podem aprovar este tipo de casamento", declarou o ministro Adoke em resposta ao apelo lançado pela ONU para que o país reconsidere a sua posição.

As Nações Unidas exortaram quinta-feira o Governo da Nigéria a ab-rogar a lei anti-homossexual promulgada pelo Presidente Goodluck Jonathan, considerando-a "homófoba" e violadora dos direitos humanos e da Constituição da Nigéria.

"A Nigéria está confrontada com a questão do casamento homossexual. A minha preocupação é que a nova lei constitui uma violação dos direitos humanos e dos direitos civis. É contrária à Carta Africana e à Constituição da própria Nigéria", declarou a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navanethem Pillay.

Pillay indicou que a sua principal inquietação é que a nova lei se tornou num objeto de discussões públicas na Nigéria.

"Como vocês sabem, enquanto alta comissária para os Direitos Humanos, estou a velar pela proteção e promoção dos direitos humanos para todos. Daí a razão da minha visita à Nigéria », disse Pillay.

-0- PANA MON/MA/ASA/IS/SOC/FK/IZ 14março2014