Agência Panafricana de Notícias

Nigéria mantém encerramento de fronteiras terrestres

Abuja, Nigéria (PANA) – Todas as fronteiras terrestres nigerianas continuarão “parcialmente” encerradas e a data da sua reabertura ainda está por determinar, declarou domingo o porta-voz dos Serviços Aduaneiros da Nigéria (NCS), Joseph Attah, num comunicado.

O porta-voz do NCS reagia a informações que davam conta de uma nota interna a marcar para 31 de janeiro de 2020 a reabertura  das fronteiras, encerradas a 21 de agosto de 2019 sem pré-aviso.

Segundo Joseph Attah, a nota interna em questão não fixa nenhuma data para a reabertura das fronteiras.

Victor Dimka, controlador do NCS,  indicou  numa nota redigida a 1 de novembro de 2019 e enviada a todos os coordenadores de setores da operação  “Joint Border Operation Drill” que, apesar do franco sucesso do encerramento das fronteiras, particularmente os  benefícios a níveis económicos e de segurança, restavam alguns objetivos estratégicos por alcançar.

Neste contexto, disse, o Presidente Muhammadu Buhari aprovou a prorrogação da operação para 31 de janeiro de 2020.

No seu comunicado, Attah indicou que a nota interna só se referia à data em que termina uma operação conjunta de segurança, que foi lançada para controlar o encerramento das fronteiras e que foi coordenada pelo Gabinete do Conselheiro Nacional para a Segurança.

Estão envolvidas na operação agências como o NCS, o Serviço da Imigração, as Forças Armadas, as Agências de Inteligência e a Polícia nigeriana.

O encerramento das fronteiras terrestres foi criticado por alguns Nigerianos que notam que a medida entra em contradição com os compromissos comerciais do país com os Estados da África Ocidental e com Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) e provocou um aumento dos preços dos produtos importados.

Mas o Governo defende fortemente a decisão, explicando que a medida visa reduzir o fluxo de mercadorias de contrabando provenientes de países vizinhos como o Benin, o Níger  e os Camarões.  Trata-se nomeadamente de carros usados, de produtos alimentares como o arroz e as aves, bem como as armas ilegais.

Desde o encerramento das fronteiras, as Alfândegas nigerianas anunciaram um aumento dos direitos aduaneiros e de importação, enquanto a Empresa Nacional do Petróleo (NNPC)  também dá conta de uma diminuição do volume de petróleo saído clandestinamente do país.

-0- PANA MON/MA/NFB/JSG/FK/IZ 4nov2019