Agência Panafricana de Notícias

Nigéria lidera países africanos em transferências de dinheiro

Abuja, Nigéria (PANA) - A Nigéria lidera os países africanos em termos de transferências de fundos e faz parte dos cinco maiores no mundo, declarou Godwin Emefiele, governador do Banco Central da Nigéria (CBN, sigla em inglês).

Emefiele indicou, durante um ateliê consagrado aos inquéritos sobre as famílias organizado conjuntamente, terça-feira, pelo CBN e pelo Instituto Africano de Remessas (AIR), em Abuja, capital nigeriana, que as transferências de fundos contribuem de maneira substancial para as receitas em divisas e as finanças das famílias na maioria dos países africanos.

O governador do CBN, que esteve representado pelo diretor do Departamento da Estatística do CBN, Mohammed Tumala, afirmou que o dinheiro enviado à casa pelos trabalhadores imigrantes faz parte das principais transferências de fundos para os países em desenvolvimento e ultrapassam, nalguns casos, a ajuda e as subvenções estrangeiras.

Segundo o Banco Mundial (BM), as transferências internacionais aumentaram gradualmente ao longo dos anos para atingir cerca de 613 biliões de dólares americanos em 2017, dos quais 72 biliões de dólares foram para os países africanos.

Emefiele indicou que, durante os últimos anos, a Nigéria tomou medidas visando atrair as transferências de fundos para países e contribuiu para o seu desenvolvimento económico.

As medidas incluem a criação de uma emissão de obrigações da Diáspora em cerca de 300 milhões de dólares americanos pelo Governo e a introdução de um certificado eletrónico para a transferência de capital a favor dos Nigerianos da Diáspora.

O chefe do CBN desejou que a Nigéria se torne num membro da Associação Internacional das Redes de Transferências de Fundos, o que constitui igualmente uma das prioridades do país.

Contudo, declarou que os compiladores de estatísticas sobre as transferências nos países utilizaram dados bancários e estimativas do pessoal em matéria de fluxos informais de fundos, uma metodologia que apresenta as suas próprias lacunas.

"Pensamos que uma maior parte das transferências de fundo dos migrantes passa por canais informais e não são contudo registados".

-0- PANA MON/AR/ASA/IS/SOC/MAR/IZ 07nov2018