Agência Panafricana de Notícias

Nigeraiana acusada de exploração sexual de conterrâneas em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) – Uma cidadão nigeriana encontra-se detida numa das celas da esquadra policial da ilha cabo-verdiana da Boa Vista acusada de crimes de exploração sexual contra um grupo de mulheres conterrâneas, provenientes da Nigéria, apurou a PANA, quarta-feira, de fonte bem informada.

De acordo com informações recolhidas pelo jornal eletrónico “Oceanpress”, e confirmadas por fontes policiais e pelo Tribunal da Comarca de Sal Rei, as mulheres foram traficadas para a Boa Vista onde serviram de escravas da prostituição, por uma rede comandada por Ester Osemu Obbi que se encontra detida desde a semana passada.

O caso veio à tona quando duas das mulheres procuraram a esquadra da Polícia Nacional na Boa Vista para denunciarem os abusos de exploração sexual, por parte de uma quadrilha de traficantes, também nigerianos, e que foi desmantelada pelas autoridades.

Quando essas Nigerianas chegaram a Cabo Verde, os seus passaportes teriam sido retidos pela suposta traficante, que, segundo contam as fontes, as obrigava a prostituir-se para, ainda, lhe pagarem dois mil escudos (cerca de 18,18 euros) diários.

Perante a denúncia, a PN resolveu investigar o caso para apurar mais dados sobre os traficantes, tendo em conta que, até então, não tinha ideia exata da dimensão do esquema de tráfico.

Neste intervalo de tempo, uma das denunciantes, que responde pelo nome de Gospel David, de 21 anos, foi descoberta e acabou por ser agredida pela traficante.

Temendo que algo pior lhe pudesse acontecer, Gospel procurou de novo as autoridades policiais e fez uma nova denúncia, o que levou a PN local a juntar os factos e apresentá-los ao procurador da Comarca da Boa Vista, que deu ordens para a detenção da traficante em questão.

Segundo fontes do Tribunal local, a alegada traficante deverá nos próximos dias ser transferida para a Cadeia Central do Sal ou então para a Cadeia de São Martinho, na ilha de Santiago, onde deverá aguardar o julgamento.

-0- PANA CS/IZ 02dez2015