Agência Panafricana de Notícias

Níger chamado a garantir segurança em zonas uraníferas

Niamey- Níger (PANA) -- O Grupo de Reflexão sobre as Indústrias Extrativas no Níger (GREIN) condenou vivamente segunda-feira o rapto de sete expatriados no território nigerino, apelando ao Governo deste país para fazer tudo com vista a controlar a insegurança nas zonas uraníferas, soube a PANA de fonte próxima desta organização.
Segundo o coordenador do GREIN, Salissou Oubandoma, o fenómeno de insegurança prevalecente nas zonas de exploração de urânio terá pesadas consequências no desenvolvimento do Níger "or uma simples razão que o início do projeto de exploração do jazigo de Imouraren pode ser atrasado pela companhia francesa do nuclear, Areva".
"O Níger não tem nenhum interesse em ver atrasado o início da exploração de Imouraren para calendas gregas.
Portanto, o Governo deve envidar os esforços necessários para garantir a segurança na zona de exploração do urânio", insistiu.
Entre quarta e quinta-feiras últimas, sete expatriados, dos quais cinco Franceses, um Togolês e um Malgaxe que trabalham para a Areva e a SATOM, foram raptados por um grupo de assaltantes na cidade mineira de Arlit situada a mil 200 quilómetros a norte de Niamey, referiu-se Oubandonma.
Ele disse ser interessante para o Governo e a Areva se entenderem a fim de restabelecer muito rapidamente a paz e a segurança na zona de exploração.
Para vários atores, as implicações destes atos de rapto são benéficos para a Areva já que o adiamento da data do início do projeto de Umouraren se inscreve no plano inicial desta última.
Segundo um político e ex-deputado nacional, Sabo Saidou, o Níger deve lançar a exploração do jazigo de Imouraren sem esperar pela Areva pois, sustentou, ele não é condenado a ter um só parceiro.
Desde os acontecimentos, a Areva e o Governo nigeriano continuam a rejeitar-se mutuamente a responsabilidade pela insegurança na zona de exploração de Imouraren.
De fonte oficial, o Governo já ofereceu à Areva os seus serviços para garantir a segurança nesta zona mas esta última rejeitou-os, preferindo assumir sozinha esta questão.