Agência Panafricana de Notícias

Neto de Mandela denuncia "apartheid" israelita

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela, pediu que "o apartheid israelita" seja qualificado de genocídio e de crime contra a humanidade depois do massacre, esta semana, de manifestantes palestinos pelas forças israelitas.

"Apoiamos o Governo sul-africano e os outros Estados-membros das Nações Unidas que exigiram um inquérito independente sobre as matanças recentes e que sejam julgados os responsáveis por estes atos odiosos", declarou.

Na sequência da morte dos manifestantes, a África do Sul convocou o seu embaixador em Isreal, Sisa Ngombane, que já se encontra no país para informar o Governo sobre a situação.

O partido dos Combatentes da Liberdade Económica (EFF, oposição) também saudou terça-feira a decisão do Governo e exortou o embaixador de Israel na África do Sul a partir.

O arcebispo emérito Desmond Tutu exprimiu-se igualmente sobre este caso, declarando-se "profundamente chocado e magoado por este massacre".

"Rezo a Deus para abrir os olhos e os corações de todos os cidadãos da Terra Santa, e de todos os responsáveis políticos e religiosos no mundo, e ajudá-los a reconhecer a nossa humanidade e a nossa pertença à família de Deus", indicou.

As forças de defesa israelitas acusaram o grupo palestino do Hamas que controla Gaza de levar a cabo uma operação terrorista e de ter incitado à violência os cerca de 35 mil manifestantes que se agruparam em numerosos pontos ao longo da fronteira.

-0- PANA CU/MA/FJG/IS/MAR/IZ 17maio2018