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Namíbia quer audácia africana para resiliência a mudanças climáticas

Windhoek, Namíbia (PANA) - O Governo namibiano apela à audácia dos países africanos para soluções adequadas para efeitos adversos das alterações climáticas, soube a PANA de fonte oficial.

A Namíbia lançou este apelo durante a X conferência sobre efeitos adversos das alterações climáticas e o desenvolvimento em África (CCDA-X), iniciada quarta-feira em Windhoek, na capital namibiana.

“As mudanças climáticas ameaçam comunidades, ecossistemas e economias em África. Coloca em risco as nossas conquistas de desenvolvimento, a nossa prosperidade e as aspirações da Agenda 2063. Devemos responder, coletiva e corajosamente, aos desafios colocados pelas mudanças climáticas", alertou o ministro namibiano das Minas e Energia, Tom Oweendo.

Considerou as parcerias essenciais a uma resposta climática africana.

A seu ver, estas parcerias deverão estender-se para além dos ministérios, dos setores público e privado e das fronteiras regionais e nacionais.

"Devemos trabalhar juntos, quer em África quer com os nossos parceiros internacionais. Não só para fazermos face às ameaças colocadas pelas alterações climáticas, mas também para tirarmos partido das possibilidades de uma transição justa, inclusiva e equitativa para uma economia verde africana", martelou o governante namibiano.

 “Todos atestamos que África é dotada de recursos naturais que impulsionam o nosso crescimento económico. Para que as nossas futuras gerações  beneficiem destes recursos naturais, devemos não apenas utilizá-los de forma sustentável, mas também garantir que os processos produtivos tenham em conta a sustentabilidade ambiental, principalmente no contexto da redução das emissões de gases de efeitos de estufa", prosseguiu Owendo.

Lançado quarta-feira última sob o lema "Transições justas em África: transformar o diálogo em ação", o CCDA, que termina esta sexta-feira, é um evento emblemático do programa Clima para o Desenvolvimento em África (ClimDev-África), uma iniciativa conjunta da Comissão da União Africana, da Comissão Económica das Nações Unidas para África e do Banco Africano de Desenvolvimento.

O evento, que se realiza antes da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), agendada para 6 a 18 de novembro em Sharm el-Sheikh, no leste do Egito, serve para afirmar a posição comum de África sobre questões-chaves concernentes ao continente.

Participam neste fórum de Windhoek ministros, especialistas em mudanças climáticas, tomadores de decisões, pesquisadores e acadêmicos, bem como representantes da sociedade civil, o setor privado e grupos de jovens e mulheres.

-0- PANA IT/IS/MAR/DD 28out2022