Agência Panafricana de Notícias

Nações Unidas condenam atos de violência na Líbia

Tripoli, Líbia (PANA) – As Nações Unidas e várias capitais ocidentais, incluindo Washingon (Estados Unidos), Londres (Grã-Bretanha) e Madrid (Espanha), condenaram vigorosamente os confrontos ocorridos sexta-feira em Tripoli e que fizeram mais de 43 mortos e 460 feridos, apelando à calma, à evacuação dos homens armados das cidades e à retomada pelo Estado das funções legais da Polícia e do Exército.

A Missão das Nações Unidas de Apoio à Líbia apelou num comunicado para a cessação dos atos de violência «que provocaram a morte de várias pessoas entre os civis » e « o apoio dos esforços das autoridades oficiais que visam o regresso à calma e garantir a segurança e a estabilidade para os cidadãos ».

O comunicado incitou todos « à calma e à necessidade de resolver os diferendos por meios pacíficos », reafirmando «o direito a manifestar-se pacificamente e a liberdade de expressão ».

A Missão da ONU subinhou também a importância de « criar um clima favorável para priorizar a edificação do Estado para garantir a segurança e a paz duradouras para todos os cidadãos ».

Por seu lado, o Governo britânico exprimiu, este fim de semana, a sua condenação destes atos de violência. O ministro britânico encarregue das Questões do Médio Oriente e da África Setentrional no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hugo Robertson, afirmou que o seu Governo "condena a violência ocorrida em Tripoli e apela a todas as partes à calma e evitar qualquer ato violento".

O Governo britânico exprimiu também o seu apoio às autoridades líbias nos seus esforços visando a edificação dum Estado dotado de instituições de segurança para realizar normalmente a transição democrática.

Depois de pedir às autoridades líbias para julgar os responsáveis por estes atos de violência registados em Tripoli, o Governo britânico sublinhou a necessidade da integração de todos os grupos armados nas instituições governamentais ao entregar as armas e voltar à vida civil.

Por sua vez, os Estados Unidos exprimiram « a sua profunda preocupação » em relação aos confrontos ocorridos na capital líbia e apelaram a « todas as partes à calma ».

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou num comunicado : « nós condenamos a utilização da violência em todas as suas formas e apelamos a todas as partes à calma ».

« Os Líbios realizaram a sua revolução para instaurar um regime democrático que lhes permita fazer ouvir a sua voz pela via pacífica », disse Kerry, acrescentando que « não há lugar para tais atos na Líbia ».

Ele sublinhou que “as autoridades líbias e o seu povo fazem face a grandes desafios no processo da sua transição para a democracia ».

O Governo espanhol lançou um apelo urgente à calma na Líbia, afirmando, num comunicado assinado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que « as autoridades líbias que beneficiam do apoio espanhol, europeu e internacional são chamadas a assumir a sua responsabilidade na instauração da paz nacional e a realizar um consenso nacional ».

Neste sentido, o Governo espanhol apelou a todas as partes para iniciar "um diálogo nacional para alcançr um acordo destinado à instalação das bases para a estabilidade, a paz social e o desenvolvimento económico".

-0- PANA AD/IN/TBM/IBA/FK/TON 18nov2013