Agência Panafricana de Notícias

Moçambique inicia exportação de carvão no eixo Moatize-Nacala-à-Velha

Maputo, Moçambique (PANA) - A primeira operação de exportação de carvão mineral extraído da bacia carbonífera de Moatize, na província central de Tete, está prevista para o próximo mês de Dezembro.

A partir do terminal portuário, neste momento em construção de raiz, na vila sede distrital de Nacala-à-Velha, província nortenha de Nampula, se exportará esta matéria, terá uma capacidade de armazenamento de mil e 450 milhão de toneladas e os comboios que garantirão o escoamento de carvão no eixo Moatize-Nacala-à-Velha terão mil 500 metros de extensão, em média, com mais de 120 vagões puxados simultaneamente por quatro locomotivas.

A informação foi divulgada quarta-feira, em Tete, durante o trigésimo segundo Conselho Coordenador do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC).

As operações normais de escoamento de carvão para o terminal de Nacala-à-Velha a partir da carbonífera de Moatize serão garantidas por 80 locomotivas, segundo o jornal matutino 'Noticias'.

O ramal terá um acesso universal para todos os produtores de carvão mineral estabelecidos na província de Tete, de acordo com um memorando de entendimento rubricado entre o Governo moçambicano e intervenientes nas obras de construção da ferrovia estando em análise, neste momento, o modelo tarifário a ser aplicado, o qual está dependente da decisão dos acionistas do consórcio.

Os acionistas da Vale, Caminho de Ferro de Moçambique (CFM) e Corredor de Desenvolvimento de Nampula e demais concessionários pretendem criar uma capacidade de transporte superior a 11 milhões de toneladas por ano até finais de 2015 e continuar a realizar investimentos para a expansão, de modo a atingir 13 milhões de toneladas em 2016 e chegar a 18 milhões de toneladas em 2017.

O ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, disse que o setor registou um crescimento global na ordem de 12.2 e de 14.1 porcento planificado.

O facto, de acordo com a fonte, contribuiu para o crescimento do Produto Interno Bruto em 12.3 porcento, o que permitiu uma transformação do setor num dos vetores principais do desenvolvimento sócioeconómico do país.

-0- PANA AIM/HT/SN/IZ 06junho2014