Agência Panafricana de Notícias

Missão das Nações Unidas no Mali repele ataque de rebeldes

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização no Mali (MINUSMA) confirmou ter utilizado a força para responder a disparos de metralhadoras lançados contra as suas tropas e a cidade de Tabankort, na província do norte do Mali onde residem civis.

O porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq, que falava em conferência de imprensa realizada em Nova Iorque, quinta-feira, declarou que este ataque contra os elementos da MINUSMA foi feito com metralhadoras pesadas colocadas sobre um veículo pertencente ao Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA).

Haq declarou que, antes da riposta, os elementos da MINUSMA lançaram tiros de intidimação contra o veículo que se recusou a obedecer e, em conformidade com o seu mandato de proteção dos civis, e visto que o seu pessoal e os seus bens estavam ameaçados, ela ripostou, por conseguinte, visando o veículo que foi enfim desativado.

O porta-voz das Nações Unidas indicou, ainda, que na sequência das tensões ocorridas em Tabankort desde o início de janeiro corrente, a MINUSMA continua a lembrar aos grupos armados as suas obrigações de respeitar o acordo de cessar-fogo que eles assinaram a 23 de maio de 2014.

Ele sublinhou que as Nações Unidas reiteraram o seu apelo a todas as partes para pôr termo de forma imediata às hostilidades e respeitar os seus compromissos para o cessar-fogo.

Haq assinalou igualmente que manifestações públicas foram realizadas em Ber e Kidal, terça-feira última, por indivíduos que protestavam contra esta ação da Missão em Tabankort, mas que finalmente tudo voltou à normalidade.

Este ataque contra a MINUSMA é o último duma série de atos de violência perpetrados contra os capacetes azuis.

Dirigindo-se no início de janeiro corrente ao Conselho de Segurança, o sub-secretário-geral das Nações Unidas para as Operações de Manutenção da Paz, Hervé Ladsous declarou que "nenhuma missão das Nações Unidas pagou tanto em termo de sangue derramado".

O responsável onusino acrescentou que os capacetes azuis da MINUSMA fazem face, cada dia, a ataques, sob forma de lança-foguetes e de atentados em que morreram vários capacetes azuis e ficaram feridos tantos outros.

-0- PANA AA/SEG//BAD/IS/FK/IZ 23jan2015