Agência Panafricana de Notícias

MIssão da CEEAC desloca-se à República Centro Africana

Paris, França (PANA) – Uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) devia deslocar-se esta quinta-feira à República Centroafricana (RCA) para favorecer uma solução para o conflito entre o Governo e a coligação rebelde Séleka, declarou em Paris o porta-voz adjunto do Ministério francês dos Negócios Estrangeiros, Vincent Floreani.

"Uma missão da CEEAC desloca-se hoje a Banjul (a capital da RCA) para favorecer um cessar-fogo rápido e preparar as próximas etapas de negociações, afirmou Floreani.

França, de acordo com o seu porta-voz, está determinada a apoiar o processo de resolução desta crise, em coordenação com as Nações Unidas, a União Africana (UA) , a CEEAC, a União Europeia (UE) e todos os parceiros internacionais dedicados à estabilidade e ao desenvolvimento da RCA.

"França apela a todas as partes centroafricanas para se envolver seriamente nas negociações que se iniciarão brevemente em Libreville (Gabão) sob a égide da CEEAC e em que vão participar o Governo centroafricano, movimentos rebeldes e a oposição democrática", acrescentou.

“França apoia plenamente as decisões anunciadas pelos chefes de Estado da África Central. a crise que regista a RCA deve ser resolvida através do diálogo", declarou o porta-voz adjunto do Ministério francês dos Negógios Estrangeiros.

Há cerca de duas semanas, a coligação Seleka tomou o controlo de várias cidades e ameaça o regime do Presidente François Bozizé.

Formada por vários movimentos rebeldes, esta coligação acusa o Presidente Bozizé de desrespeitar diferentes acordos de paz assinados entre 2007 e 2011 entre o Governo e os movimentos rebeldes.

Estes acordos previam, entre outros, o desarmamento e a reinserção dos rebeldes.

Uma cimeira extraordinária da CEEAC reuniu a 21 de dezembro último em N´Djaména (Tchad) os Presidentes Denis Sassou Nguesso do Congo Brazzaville, Ali Bongo Ondimba do Gabão, e François Bozizé.

O encontro apelou ao Governo centroafricano, à oposição e aos movimentos rebeldes para empreenderem um diálogo “sem delongas” em Libreville.

-0- PANA BM/AAS/FK/DD 27dez2012