Agência Panafricana de Notícias

Ministros africanos dos Negócios Estrangeiros reúnem-se sobre Ébola

Addis Abeba, Etiópia (PANA) - A União Africana (UA) organizará uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos seus 54 Estados membros, a 8 de setembro em Addis Abeba (Etiópia), para discutir a resposta à Doença do Vírus do Ébola (DVE), que provocou uma crise humanitária e penúrias alimentares na região da África Ocidental, declarou terça-feira o comissário da organização pan-africana para os Assuntos Sociais.

Mustapha Sidiko Kaloko indicou que a reunião vai discutir medidas de intervenção apropriada ao vírus do Ébola, procurando limitar os seus esforços drásticos em outros setores da economia regional e continental.

"A epidemia de Ébola é uma ameaça para os valores e as aspirações da UA. A UA é sinónima de integração regional. Não desejamos imaginar as consequências que o encerramento das fronteiras teria agora e no futuro", declarou terça-feira Kaloko aos jornalistas.

"É difícil imaginar que um povo submergido por tal crise e a morte deve ainda enfrentar penúrias alimentares porque os mercados e as fronteiras estão encerradas", notou Kaloko.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros discutirão compromissos e medidas necessárias para gerir a crise.

Kaloko afirmou que os ministros dos Negócios Estrangeiros são autorizados a ser acompanhados por ministros da Saúde na reunião, mas afirmou que os compromissos políticos necessários vão além dos Ministérios da Saúde.

O Burkina Faso anunciou uma interdição das importações de alimentos provenientes dos países afetados pelo vírus do Ébola e a Côte d´Ivoire encerrou as suas fronteiras com os países vizinhos, mas decidiu abrir um corredor humanitário.

A UA declarou que a reabertura das fronteiras e a negociação de medidas visando limitar os riscos para o crescimento económico de África a longo prazo são essenciais para pôr termo às falhas provocadas pela crise do vírus do Ébola, que causou até agora mais de 1.500 mortos na Serra Leoa, no Senegal, na Guiné Conakry, na Libéria e na Nigéria, além de mais de 10 outros na República Democrática do Congo (RDC).

-0- PANA AO/SEG/AKA/IS/MAR/TON 02set2014