Agência Panafricana de Notícias

Ministro senegalês deplora fraca produção científica e tecnológica em África

Dakar, Senegal (PANA) – O ministro senegalês do Ensino Superior, Centros Universitários Regionais e Pesquisa Científica, Amadou Tidiane Bâ, denunciou terça-feira, em Mbour (cerca de 80 quilómetros de Dakar), a debilidade da produção científica e das invenções tecnológicas de alto nível no continente africano.

Falando na abertura oficial do Segundo Instituto Africano das Ciências Matemáticas (AIMS Senegal), Amadou Tidiane Bâ indicou que, num mundo caraterizado pela emergência e pela consolidação duma nova sociedade do conhecimento, África é tributária dum sistema de ensino e formação dos seus recursos humanos "muito aquém das suas próprias apostas de desenvolvimento".

Ele deplorou o facto de, nesta sociedade do conhecimento internacional, o continente distinguir-se pela debilidade da sua produção científica e das invenções tecnológicas de alto nível, precisando que África "apenas produz um porcento dos artigos científicos e patentes registados no planeta".

A questão da fuga de cérebros também esteve presente no discurso de Amadou Tidiane Bâ, para quem o continente africano tem dificuldades para conservar os seus recursos humanos mais qualificados e mais competentes por estar confrontado com a pressão demográfica, com as esperanças duma juventude preocupada com o acesso à ciência e ao conhecimento.

Para o efeito, o ministro do Ensino Superior convidou o AIMS Senegal a contribuir para inverter progressivamente esta situação no Senegal e em África.

Segundo o Instituto Africano das Ciências Matemáticas saído da Iniciativa AIMS Next Einstein (AIMS-NEI) após o de Muizenberg na África do Sul construído em 2003, o AIMS Senegal está domiciliado no site do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) na cidade de Mbour, no quadro do Centro Internacional de Pesquisa e Ensino de Mbour (CIREM).

No total, 36 candidatos titulares de licenciatura em Matemática ou Física, na sua maioria, provenientes de 14 países africanos incluindo um terço de mulheres, serão acolhidos este ano neste centro para um curso intensivo de mestrado com predominância da Matemática.

Os próximos centros da rede AIMS deverão abrir as suas protas brevemente no Gana em 2012, depois na Etiópia e na Tanzânia.

-0- PANA COU/TBM/SOC/MAR/IZ 07set2011