Agência Panafricana de Notícias

Ministro maurício dos Negócios Estrangeiros relativiza impasse político em Madagáscar

Addis Abeba, Etiópia (PANA) – O processo de saída da crise política em Madagáscar não está bloqueado, apesar da controvérsia sobre as candidaturas às presidenciais previstas para julho próximo no país, considerou quinta-feira em Addis Abeba o ministro maurício dos Negócios Estrangeiros, Arvin Boolell.

"Não há recuo. É preciso, simplesmente, considerar a questão das candidaturas como uma peripécia. O mais importante é que o processo comece bem. Depois do encontro entre o Exército malgaxe e diferentes partes envolvidas no processo, esperamos confiantes pela evolução da situação", indicou à PANA o chefe da diplomacia maurícia, à margem do 23º Conselho executivo da União Africana.

Na sua ótica, ninguém pode contestar o processo eleitoral.

Boolell disse compreeender o aborrecimento geral da população malgaxe que deseja votar o mais cedo possível no respeito pelo roteiro.

Recordou que, conforme os acordos concluídos pelas partes malgaxes, nem Andry Rajoelina (presidente interino), nem Marc Ravalomanana (Presidente derrubado) muito menos Didier Raksiraka (ex-Presidente da República) devem ser candidatos às próximas eleições presidenciais.

"A classe política malgaxe não deve agir de modo provocador a fim de permitir ao roteiro progredir. É preciso dar ao povo malgaxe a oportunidade de se exprimir. Só ele que é soberano", disse ainda o ministro maurício dos Negócios Estrangeiros.

Segundo uma fonte segura, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) propôs ao 26º Conselho Executivo da UA para pedir a retirada das candidaturas dos senhores Rajoelina, Ratsiraka e da esposa de Marc Ravalomanana, Lalao Ravolamanana, ao escrutínio presidencial.

A crise malgaxe, a situação na Guiné-Bissau e na República Centroafricana serão largamente abordadas pelo Conselho Executivo da UA e durante a 21ª Cimeira dos chefes de Estado da organização panafricana prevista para 25 a 27 de maio corrente na capital etíope.

Sob o lema Pan-africanismo e Renascimento Africano", a Cimeira será marcada pelas festividades do quinquagésimo aniversário da criação da Organização da Unidade Africana (OUA) transformada em União Africana.

-0- PANA SEI/TBM/IBA/CJB/DD 23maio2013