Agência Panafricana de Notícias

Militantes do MLSTP/PSD festejam vitória nas legislativas

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Centenas de militantes simpatizantes do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrático (MLSTP/PSD), maior partido da oposição, festejaram nas ruas da cidade capital, São-Tomé e nos arredores devido aos resultados obtidos nas eleições legislativa e autárquica e regional de domingo último.

“Agradecemos ao povo de São Tomé e Príncipe que confiou em nós. Esta vitória não é uma vitória do MLSTP/PSD, mas sim da oposição”, regozijou-se o presidente do MLSTP/PSD, Jorge Bom Jesus, diante da imprensa na praça histórica da independência, no coração da cidade capital.

Graças ao seu projeto "São Tomé e Príncipe para todos”, Bom Jesus levou o partido a conquistar 23 deputados.

Sem meios matérias e financeiros, mas motivados pela união interna e pelo seu perfil do candidato do MLSTP/PSD, durante quinze dias de campanha, Bom Jesus e os socialistas democratas percorreram o pais de norte a sul, de porta em porta, e conseguiram galvanizar milhares de são-tomenses.

“O povo de São-Tomé e Príncipe não admite ser governado, em regime de ditadura. Como se se tratasse de uma monarquia”, indignou-se Bom Jesus.

“Rua! Rua! Rua! Fora o ditador! Viva a democracia!”, ouvia-se durante a passeata pelas ruas dos militantes do MLSTP-PSD que cantavam a vitória, preparando-se no entanto para ir ao poder em coligação com os partidos PCD e MDFM-UDD.

“O pais bipolarizou-se nos últimos quatros anos e existem afinidades entre a oposição. Existe um acordo e vamos ter que congregar massas cinzentas”, declarou o presidente do maior partido da oposição que, para além de conseguir 23 deputados, conquistou a maioria das autarquias com exceção de Mezochi.

A passeata terminou por um desacato e uma queima dum carro pertencente a uma juíza que, segundos os militantes do MLSTP/PSD, estava a contar votos nulos a favor do partido no poder (Ação Independente Democrática), na comissão eleitoral distrital de Agua Grande com vista a alterar os resultados finais.

A policia e militares viram-se obrigados a disparar ao ar para dispersar os manifestantes.

-0- PANA RMG/DD 9out2018