Maurícias julgam ex-PM por branqueamento de capitais

Port-Louis, ilhas Maurícias (PANA) - O Ministério Público das ilhas Maurícias lançou esta sexta-feira uma ação penal contra o ex-primeiro-ministro maurício, Navinchandra Ramgoolam, por ter aceitado pagamentos em espécie no valor equivalente a 500 mil rupias locais, em violação da Lei da Informação Financeira e Luta contra o Branqueamento de Capitais.

Num comunicado, o Ministério Público maurício indica que, durante uma busca à residência do ex-primeiro-ministro, a 6 de fevereiro de 2015, enormes somas de dinheiro em moeda maurícia e estrangeira foram encontradas em diversos cofres-fortes e malas.

"Estas somas de dinheiro foram devidamente apreendidas pela Polícia para fins de inquérito. Uma parte do dinheiro confiscado vinha em 17 pacotes de 100 mil dólares americanos cada, e seis pacotes de um milhão de rupias maurícias cada (35 rupias equivalem a um dólar americano)”, lê-se na nota.

O comandante da Polícia foi aconselhado a apresentar um relatório escrito à Agência dos Serviços de Informação sobre a Integridade em virtude do artigo 9 (2) da lei sobre a boa governação e integridade e a encaminhar o seu inquérito à Mauritius Revenue Authority.

Ramgoolam, líder do Partido Trabalhista, foi primeiro-ministro entre 1996 e 2000 e entre 2005 e 2014, quando ele foi demitido pelo antigo primeiro-ministro e Presidente da República Anerood Jugnauth.

Ele continua a ser o líder do Partido Trabalhista, mas não foi eleito no Parlamento durante as últimas eleições gerais de dezembro de 2014.

-0- PANA NA/IS/SO/FK/IZ 20out2017